Mais de três décadas depois, a Somincor viu alargada a sua concessão ao depósito mineiro de Semblana, onde existem perto de 200 mil toneladas de cobre, cuja exploração irá representar um investimento a rondar os 185 milhões de euros em Neves-Corvo e a criação de mais de duas centenas de postos de trabalho [ver reportagem nas páginas 2 e 3 deste “CA”]. Isto para não falar da longevidade da mina, que terá actividade garantida até ao ano de 2027, havendo ainda estudos em marcha que podem obrigar à revisão – para cima – deste horizonte.
Por tudo isto (e já não é nada pouco), o dia 11 de Julho de 2014 terá sido, seguramente, um dos mais importantes para os concelhos de Castro Verde e Almodôvar, nos últimos tempos. Estes dois concelhos (juntamente com Aljustrel, Mértola e Ourique) são os mais beneficiados pela actividade daquela que é a maior empresa de todo o Alentejo e uma das principais exportadoras do país, e o anúncio de futuro garantido por mais 13 anos garante uma tranquilidade social difícil de encontrar em muitos municípios da região.
Mas esta boa notícia vinda de Neves-Corvo não deve servir apenas de contentamento. Porque se dentro da mina há muito por fazer, é fora do complexo mineiro que se colocam os grandes desafios. Sobretudo para quem tem a responsabilidade de definir estratégias que consolidem a economia local e dinamizem as iniciativas empresariais. Isto para que no dia em que o finito minério deixar de existir não se fique à beira do precipício, sem terreno para recuar e um enorme buraco negro pela frente.
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