Campos de ensaio do Campo Branco com balanço “muito positivo”

Os Campos de Ensaio e Experimentação de Cereais de Inverno, Feno-silagem, Leguminosas e Pastagens Melhoradas são um projeto da Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB) e da Escola Superior Agrária de Beja (ESAB) e, nove anos volvidos, o balanço é “muito positivo”.

“Temos tido muita aceitação por parte dos agricultores, o que nos deixa bastante contentes”, diz António Francisco Colaço, um dos responsáveis pelo projeto (juntamente com Fernando Rosa, da AACB, Manuel Patanita e José Dores, ambos da ESAB).

Instalados nas herdades da Lagoa da Mó e do Torrejão, no concelho de Castro Verde, os campos de ensaio e experimentação visam dar a conhecer aos agricultores as culturas e produtos fitofarmacêuticos que melhor se adapta às características da região.

Um trabalho “de longo prazo”, reforça António Francisco Colaço, que se reveste da maior importância numa altura em que as alterações climáticas são cada vez mais uma evidência.

O nosso trabalho é também experimentarmos e demonstrarmos aquilo que esteja mais adaptado a estas condições e às alterações climáticas”, nota.

Sobre os ensaios deste ano, destaca-se o trabalho feito ao nível do “controlo das infestantes”, reforça Manuel Patanita, professor na ESAB e responsável técnico pelos campos de ensaio e experimentação.

“A mais-valia deste ano em termos de experiência foi precisamente isso! Testamos alguns produtos novos, com estratégias diferentes e constatámos que temos aqui matéria importante em termos de produtos, neste caso herbicidas, para controlar as infestantes nestas condições”, diz ao “CA”.

De acordo com este docente, foram testados “alguns produtos novos, com estratégias diferentes”, tendo sido possível aferir “a capacidade das variedades e também das misturas forrageiras de adaptação que têm vindo a mostrar”.

“Temos vindo a assistir à preocupação das empresas na escolha de espécies e de variedades com maior capacidade de adaptação”, afiança Patanita, acrescentando que se tem vindo a investir “muito nas culturas forrageiras, porque essa é uma componente fundamental” para o Campo Branco.

“Estamos numa região de agropecuária extensiva, onde a pastagem não consegue satisfazer as necessidades dos animais anualmente. Por isso, é importante investir nas consociações forrageiras e, consequentemente, na conservação de forragens”, conclui.

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Correio Alentejo

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