Nelson Brito. “PS é o partido das grandes conquistas no Baixo Alentejo”

Acabado de celebrar 50 anos (assinalados a 19 de abril), o PS é o partido “das grandes conquistas” no Baixo Alentejo e uma voz “inconformista” relativamente ao futuro da região, afirma o presidente da Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS, Nelson Brito.

Em entrevista ao “CA”, o também deputado eleito por Beja diz que o PS “é o partido das grandes conquistas na região e tem uma marca que não pode perder, que é o inconformismo.

“O PS tem de ser líder deste inconformismo por aquilo que está por fazer”, frisa, para logo acrescentar: “Há marcas e desígnios pelos quais continuamos a lutar e que têm de ser concretizados. Ninguém mais que nós tem essa marca de inconformismo e Lisboa tem de perceber que continuamos a representar uma região e que os interesses da região estão primeiro que qualquer outro interesse partidário”.

Nesta “caminhada” de meio século dos socialistas, Nelson Brito destaca ainda o projeto autárquico como outra “grande marca do PS” no distrito de Beja, onde lidera 10 das 14 câmaras municipais da região.

“Estamos ao lado das soluções e não, como era tradição aquando de outro ciclo político, do lado dos problemas, sem uma visão para as soluções. Acho que essa é uma marca fraturante e que os autarcas do PS têm sabido interpretar muito bem”, advoga o presidente da FBA.

A juntar a isto, Nelson Brito destaca o facto de cada autarca socialista ter “uma visão própria – e legítima – em defesa do seu concelho, mas também uma visão de defesa da região”. “Eles têm sido essa voz incómoda – e querem continuar a sê-lo – em nome do que é necessário para a região”, diz.

“O PS tem de ser líder deste inconformismo por aquilo que está por fazer” na região, frisa o presidente da Federação do Baixo Alentejo dos socialistas.

O presidente da FBA alude ainda a alguns dos projetos transformadores da região a que o PS está associado, nomeadamente o Alqueva, que, frisa, “não pode ficar fechado em si próprio e tem muito que caminhar”.

A par disso, continua, é necessário aliar a cada vez maior capacidade de produção agrícola da região a “condições de progresso e de qualidade de vida das populações da região em áreas fulcrais”, caso das Saúde.

“Primeiro estão as pessoas” e “temos de apetrechar materialmente e com recursos humanos uma região, que tem de ter outra capacidade de oferta para as suas populações”, argumenta.

Depois dos últimos anos terem sido marcados pela pandemia, por um ato eleito inesperado (Legislativas de 2022) e pelo início de uma guerra na Europa, o presidente da FBA do PS diz que está na hora de “olhar em frente” e da região “ter respostas por parte do Estado”

“Temos de apetrechar materialmente e com recursos humanos uma região, que tem de ter outra capacidade de oferta para as suas populações”, argumenta Nelson Brito.

“Este é o momento em que o Governo do PS tem de assumir a concretização daquilo que são anseios como o IP8, a eletrificação da Linha do Alentejo e a sua ligação ao aeroporto de Beja ou a revisitação do projeto da segunda fase do hospital de Beja”, afiança Nelson Brito ao “CA”.

Segundo o líder socialista, o Governo até já tem muito trabalho feito nestes projetos em matéria de “decisão política” e de “garantia de instrumento financeiro”, mas é necessário que venha a público divulgar o “calendário” de cada um.

“Os baixo-alentejanos têm o direito a saber qual é o calendário para estas intervenções que são ambicionadas há muito tempo por este território”, nota Nelson Brito, concluindo que “a concretização do que está planificado é muito importante, sob pena da população olhar para toda estas necessidades que almeja há tanto tempo e dizer que nada está a ser feito”.

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Correio Alentejo

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