Moura vai produzir painéis solares e baterias de lítio

Um investimento de cerca de cinco milhões de euros vai permitir a reabertura da antiga fábrica de painéis solares de Moura e criar “mais de 40” novos postos de trabalho.

A unidade irá começar a produzir painéis solares fotovoltaicos flexíveis e baterias de lítio de alta temperatura neste concelho alentejano, num projeto desenvolvido pelo grupo português Lux Optimeyes Energy.

O investimento total está avaliado em cerca de cinco milhões de euros, contando com uma comparticipação comunitária, através do programa operacional regional Alentejo 2020, na ordem de 2,96 milhões de euros.

A assinatura do contrato de arrendamento da antiga Moura Fábrica Solar (MSF), bem como de um memorando de entendimento entre o grupo de investidores e o município para implantação do projeto, está prevista para as 11h00 desta sexta-feira, 21.

Na sessão vão estar presentes o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e os secretários de Estado Adjunto e da Energia e da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Galamba e João Paulo Catarino, respetivamente.

Em declarações ao “CA”, o presidente da Câmara de Moura reconheceu ser um momento importante para o concelho, “por ser um projeto consistente” de um investidor que quer “fazer um caminho sustentado e, acima de tudo, com competência e tecnologia inovadora”.

“E para nós preconiza esse grande objetivo que traçámos no início do mandato, que era devolver o investimento privado ao concelho de Moura e termos investimento neste domínio que fosse consistente”, acrescentou Álvaro Azedo.

O autarca estimou que a fábrica poderá entrar em funcionamento “até final do ano”, tendo a expectativa que seja um projeto “para ficar muitos anos” em Moura.

“O investidor até concorreu à obtenção de um lote municipal mesmo em frente da atual fábrica”, revelou Álvaro Azedo, considerando esta “a maior garantia” que a autarquia tem de que grupo Lux Optimeyes Energy “veio para Moura para ficar”.

Caso contrário, “não estaria a acautelar o futuro adquirindo um lote na zona industrial de Moura”, reforçou.

A nova unidade industrial irá permitir a criação de mais de 40 postos de trabalho diretos em Moura, na maioria para antigos colaboradores da MSF.

“São pessoas que já têm algum ‘know how’, experiência e conhecimento”, vincou o presidente da câmara municipal.

O projeto prevê ainda a criação de 200 postos de trabalho indiretos na promoção, venda, desenvolvimento e instalação das soluções a fabricar.

A MFS começou a funcionar em 2008 e foi uma das contrapartidas do projeto de construção da Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, também no concelho de Moura.

Propriedade da empresa espanhola ACCIONA, a fábrica parou de produzir em setembro de 2018 e encerrou em definitivo em janeiro de 2019, deixando no desemprego 105 pessoas.

Além da assinatura do contrato de arrendamento da antiga MSF, os mesmos governantes irão estar, às 9h00, na cerimónia de assinatura do protocolo no âmbito da gestão de habitats e espécies ameaçadas e melhoria das condições de visitação no Perímetro Florestal da Contenda.

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Correio Alentejo

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