EMAS Beja fechou 2017 com contas “no vermelho” (ACT.)

EMAS Beja fechou 2017

A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja fechou o ano de 2017 com um resultado líquido negativo. O Relatório e Contas de 2017 foi aprovado nesta quarta-feira, 18, sendo que o documento demonstra que a empresa teve no ano passado o “pior resultado da década”, conforme adianta ao “CA” o administrador-delegado da EMAS.
“Infelizmente ficaram agora confirmados os receios que preocuparam a nova administração logo que assumiu funções em Novembro, altura em pouco já se podia fazer para conter os danos causados pela gestão do último quadriénio”, sublinha Rui Marreiros.
De acordo com o administrador da EMAS, “é preciso recuar a 2006, para se encontrar um resultado pior” ao de 2017. “Uma situação que, somada à dívida a bancos e a empreiteiros de cerca de 2,5 milhões de euros que foi necessário liquidar nos últimos meses do ano, torna esta situação ainda mais complexa do ponto de vista estrutural que a encontrada em 2009, altura em que a empresa sofria também de graves desequilíbrios financeiros”, acrescenta.
Ainda assim, Rui Marreiros garante que, “apesar de não ser fácil recuperar de um dia para o outro de um desequilíbrio que foi criado ao longo de quatro anos, este facto não deve trazer preocupações acrescidas para colaboradores, clientes e parceiros” da empresa, uma vez que já está em marcha uma “trajectória de recuperação”.
“Pode não ser num ano, neste primeiro ano, mas vamos seguramente recuperar porque juntos fazemos da água a nossa prioridade, com os nossos colaboradores que são a nossa força, para continuarmos a ser uma referência no serviço público municipal”, conclui o administrador-executivo da EMAS.

CDU REAGE
Perante os resultados da empresa em 2017, a CDU veio a público esclarecer "que a primeira preocupação da anterior administração da EMAS foi a de garantir que a maioria das freguesias do concelho teriam de ver melhoradas as condições de abastecimento e de qualidade da água sem que com isso se onerasse os munícipes com o aumento do custo da tarifa".
"Nos últimos quatro anos a EMAS não só não aumentou as tarifas como intervencionou a rede pública em baixa nas freguesias de Baleizão, Cabeça Gorda, Salvada, Albernoa, Mombeja, Santa Vitória, Trigaches e ainda em Beja e no Penedo Gordo. Eliminou-se rede unitária e construiu-se rede de águas pluviais em diversos os locais, nomeadamente em toda a extensão da rua General Teófilo da Trindade", acrescenta em comunicado.
A CDU frisa ainda que "quanto ao desempenho da empresa são claros e evidentes os sinais de melhoria dos últimos anos", referindo como exemplo "a redução de perdas na rede pública, cujo cenário era caótico em 2013".
"Tenha a actual administração da EMAS, presidida pelo actual vice-presidente da Câmara Municipal de Beja [Luís Miranda], a vontade política de dar seguimento à linha estratégica e orientadora que vinha sendo seguida, tomando como princípio a água como bem público, de uso universal, de qualidade, fora da lógica economicista do interesse privado e podem as populações e os trabalhadores da empresa, efectivamente, ficar tranquilos no que respeita à salvaguarda e funcionamento da rede pública de abastecimento de água no concelho de Beja", conclui o comunicado da CDU.

Notícia actualizada com comunicado da CDU

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Correio Alentejo

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