Candidatura do cante alentejano estranha condições impostas pela Câmara de Beja

Candidatura do cante alentejano estranha condições impostas pela Câmara de Beja

A candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade estranhou esta sexta-feira, 9, as condições impostas pela Câmara de Beja para aderir ao processo, que diz ser apoiado por todos os grupos corais e a maioria das freguesias do concelho.
É "estranha" a decisão da Câmara de Beja, que contou "apenas" com votos favoráveis dos eleitos do executivo PS, de "não apoiar o processo em curso", que terminará no próximo dia 30, com a entrega do dossier à UNESCO, refere o presidente da comissão executiva da candidatura, Carlos Laranjo Medeiros, num comunicado enviado à Agência Lusa.
Segundo o responsável, "todos os grupos corais e a maioria das freguesias" do concelho de Beja "já manifestaram oficialmente o seu apoio" à candidatura, "à semelhança do que aconteceu, de forma generalizada, em todo o Alentejo" e num processo que "continua a decorrer".
"Não se entendem os argumentos" da Câmara de Beja, "já que a candidatura merece nesta altura a contribuição e um amplo e quase unânime apoio dos grupos corais, freguesias e municípios", afirma Carlos Laranjo Medeiros.
Por outro lado, frisa, "o processo mereceu o apoio oficial" das três "mais altas personalidades do Estado" (Presidente da República, presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro), entre outras personalidades e entidades oficiais, públicas e privadas.
Recorde-se que na última reunião de Câmara, o Município de Beja aprovou, com os votos contra dos três vereadores da oposição CDU, um documento, no qual impõe duas condições para apoiar a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
No documento, o Município de Beja refere que só apoiará a candidatura se for adiada a data prevista para a entrega do dossier na sede da Unesco em Paris (França).

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Correio Alentejo

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