Nesta edição do “CA” apresentamos-lhe uma reportagem sobre um caso de violência doméstica no distrito de Beja. O drama vivido por “Rosa” e pela filha menor é apenas um dos muitos que vão sucedendo por alguns lares da nossa região e até do país. Uma situação muito mais recorrente do que aquilo que pensamos, independentemente do estrato social dos envolvidos, e totalmente inconcebível para uma sociedade que queremos cada vez mais inclusiva e igualitária.
A violência doméstica (assim como os abusos físicos e psicológicos sobre crianças e jovens) deve hoje ser encarada, seja sob que prisma for, como um problema de todos. Uma situação extrema à qual não podemos virar costas e alijar as nossas responsabilidades enquanto membros activos de uma comunidade.
E neste assumir de responsabilidades não se pode, em momento algum, excluir o Estado enquanto entidade colectiva e capaz de responder por todos nós. E o que sucedeu a “Rosa” evidencia bem que nesse campo há ainda muito por fazer. Porque aquela que foi a resposta dada a esta mulher – primeiro numa casa-abrigo e depois na Segurança Social – não pode nunca ser a regra, mas a excepção. Porque se em casos destes os cidadãos não puderem contar com o Estado para resolver os seus problemas, com quem poderão fazê-lo?
2. O filho do primeiro-ministro casou-se. No copo de água o pai do noivo dançou com a nova nora. Tudo trivial e usual em momentos do género. Mas houve quem achasse que tal era motivo para estar na primeira página de um jornal nacional. Será isto normal?