No espaço de poucos dias foram anunciados diversos novos investimentos privados para a cidade de Beja, no valor total de quase 50 milhões de euros. O grande destaque vai para a intenção, por parte de um conjunto de investidores com ligações ao Grupo HPA Saúde, avançar com a construção de um novo hospital privado, projecto que pode chegar aos 25 milhões de euros de investimento e permitir a criação de até 250 novos postos de trabalho. Mas há ainda a intenção, já devidamente oficializada e formalizada com a autarquia, de uma empresa em criar quatro novas unidades industriais na área agro-alimentar em Beja, no valor total de 22 milhões de euros e criando até 130 empregos (uma das quais avançará já em 2019).
Tudo isto são, naturalmente, boas notícias para Beja (e por consequência para toda a região, nomeadamente no que toca ao investimento na área da Saúde). E, inevitavelmente, uma grande dose de oxigénio para uma cidade continuadamente “estrangulada” pela inacção do Estado Central e, por vezes, pela sua própria inércia.
Há, neste enquadramento, que dar os parabéns à Câmara Municipal local. Porque ao invés de adoptar uma postura de “Calimero” e a suplicar por investimento, apostou numa atitude pró-activa e assumiu-se como parceira de quem pretende investir no seu território. E este é o grande papel que todos os municípios devem ter, sobretudo num tempo em que a “concorrência” é feroz: estar ao lado dos investidores, defendendo os interesses dos seus munícipes. Ambas as facetas são conciliáveis e o Baixo Alentejo bem necessita das duas.
Encontro em Odemira para pensar o território
Juntar cidadãos e entidades no debate “de ideias” e na “definição de estratégias para co-criar o futuro de Odemira” são as metas do III Encontro