O Tribunal Judicial de Ourique condenou esta segunda-feira, 22, o homem que assassinou três búlgaros em Aljustrel em Dezembro de 2010 a uma pena de 59 anos de prisão, reduzida a um cúmulo jurídico de 25 anos.
Hugo Serrano, de 29 anos, terá ainda que pagar 225 mil euros de indemnização aos familiares das vítimas, dois homens e uma mulher, que foram mortos durante um negócio de venda e compra de cobre roubado num monte abandonado perto de Aljustrel.
Na leitura da sentença, o presidente do colectivo de juízes referiu que o réu “agiu com violência e sem respeito pela vida humana”, tendo tirado vidas “por uma quantia de dinheiro que nem sabia quanto era”.
O caso remonta a 15 de Dezembro de 2010, quando Hugo Serrano matou os três imigrantes com uma arma furtada para roubar os cerca de 10 mil euros que traziam para fechar o negócio junto a um monte em ruínas da herdade do Monte Valverde, perto do nó da A2 de Aljustrel.
No local, Yasen Charakchiev, de 39 anos, foi executado com dois tiros; Vasil Pavlov, de 55 anos, com três; e a mulher, Sashka Ingiliyska, de 50 anos, com um tiro.
Os corpos das três vítimas acabaram por só ser descobertos três dias após o crime por agricultores a região, tendo o triplo homicida sido detido 10 meses depois na cidade espanhola de Sevilha, na sequência de um mandado de captura europeu.
De acordo com a edição desta terça-feira, 23, do diário “Correio da Manhã”, o colectivo de juízes não teve dúvidas sobre a autoria dos crimes, uma vez que Hugo Serrano terá sido “traído” por uma luva e umas pontas de cigarro que deixou perto do monte em ruínas, além de também ter confessado a um familiar a autoria dos homicídios.
