O presidente da União de Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos, António Nascimento, critica o veto do Presidente da República à desagregação de freguesias, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa “não olhou ao povo”.
“É um passo atrás, pois as populações queriam a separação das freguesias e o nosso Presidente da República não olhou ao povo”, disse ao “CA” António Nascimento, eleito pelo PS, que lidera a união de freguesias que iria ser desagregada no concelho de Aljustrel.
O autarca reagia à decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que vetou, na quarta-feira, 12, o decreto do Parlamento que desagrega 135 uniões de freguesias, para repor 302 destas autarquias, colocando dúvidas sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa.
Em declarações ao “CA”, António Nascimento admitiu que, após os partidos terem votado favoravelmente a separação das freguesias no Parlamento, esperava que a Proposta de Lei “passasse facilmente”.
“Infelizmente, o Senhor Presidente da República vetou esta lei e ficámos muito magoados”, frisou.
Apesar desta decisão do chefe de Estado, o presidente da União de Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos acredita que ainda será possível o Parlamento voltar a votar o decreto e o processo avançar a tempo das eleições autárquicas agendadas para este ano.
“É um calendário muito apertado, temos essa consciência, mas não vamos jogar a toalha ao chão e vamos continuar a lutar”, afirmou.