Presidente da CM Castro Verde. “Borrego representa uma grande mais-valia para o território”

Na véspera de começar a quarta edição do festival “Sabores do Borrego”, o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito, revela ao “CA” a importância da ruralidade e das tradições associadas à vida no campo neste concelho do Campo Branco.

Quais as expetativas relativamente à edição de 2023 do festival “Sabores do Borrego”?

Temos sempre muitas e boas expetativas! Felizmente o festival está consolidado e atrai cada vez mais gente a Castro Verde. Este ano, dadas as manifestações de interesse de vários quadrantes, estamos certos que será um grande evento para cumprir os seus objetivos centrais: promover a atividade agrícola enquanto setor decisivo do nosso concelho e, com isso, todo o mundo rural e as particularidades do nosso território, nomeadamente a produção do borrego do Campo Branco, que tem característica únicas e de excecional qualidade.

Qual o principal objetivo do Município com a organização deste evento?

É um objetivo estratégico e claro: Castro Verde é um território rural, com forte identidade, história e tradições associadas à vida no campo. Tudo isso tem de ser valorizado e mostrado! Por outro lado, é preciso expor com clareza a especificidade do concelho, nomeadamente a sua natureza ambiental, que exige um constante equilíbrio entre a atividade agrícola e a defesa do meio-ambiente, que nos leva a ter a classificação de Reserva da Biosfera da UNESCO. Neste contexto, a produção do borrego do Campo Branco tem características muito próprias, porque é um produto com alta qualidade e muito diferenciador. Só por si, o nosso borrego representa uma grande mais-valia para o território e é a razão fundamental deste festival.

O festival em 2023 será maior que nos anos anteriores? Quantos expositores são esperados?

O festival vai crescer um pouco em área e em número de expositores. Registamos um procura constante da parte dos expositores e isso vai traduzir-se nesta edição com muita satisfação da nossa parte. Por outro lado, vamos apresentar ligeiros acertos no espaço, em função da aprendizagem dos anos anteriores. O objetivo passa sempre por fazer melhor e dar mais qualidade ao visitantes e aos expositores, num evento que representa investimento e esforço muito relevante da Câmara Municipal, para mais num ano em que, por exemplo, o custo com a aluguer da tenda para o festival quase duplicou.

“Castro Verde é um território rural, com forte identidade, história e tradições associadas à vida no campo. Tudo isso tem de ser valorizado e mostrado!”

A pecuária associada à produção de ovinos continua a ser fundamental na economia local?
Tudo neste festival gira em torno da produção pecuária e da nossa realidade rural. Desde os colóquios à semana gastronómica, este ano alargada a todos os concelhos do Campo Branco, mas também à forte identidade da vida no campo, traduzida no “Almoço com Pastores”, no concurso de Rafeiro do Alentejo ou na demonstração de tosquia de ovinos. Destaco também a presença de uma importante delegação do concelho convidado, este ano Castelo Branco, que traz a Castro Verde a realidade a Beira Interior, os seus valores culturais e gastronómicos. Portanto, é toda uma linha condutora que queremos articulada e que valoriza o campo e a atividade rural, assente, aliás, na importante pareceria que a Câmara de Castro Verde estabeleceu, desde a primeira hora, com a Associação de Agricultores do Campo Branco e o Agrupamento de Produtores.

Durante o evento será prestada homenagem a José da Luz Pereira e a Carlos Contreiras – porquê este gesto?

Será uma homenagem sentida e muito justa a dois Homens que tanto deram na defesa do nosso território e foram, desde a primeira hora, grandes impulsionadores deste festival. Enquanto estivermos na Câmara Municipal não seremos nunca indiferentes à memória e à ação pública e meritória de pessoas como o sr. José da Luz e o sr. Carlos Contreiras. Com muita tristeza de todos nós, partiram cedo de mais, mas estão no nosso coração, por serem as pessoas tão humanistas que eram e por tudo o que contribuíram para valorizar e defender o nosso concelho e o Campo Branco. Será uma homenagem justíssima!

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Correio Alentejo

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