Nova peça do Teatro Ibérico vai “trazer” o Alentejo para Lisboa

O Teatro Ibérico, em Lisboa, vai receber a estreia, nesta quinta-feira, 7, da peça “Além”, encenação de Rita Costa que revisita as “memórias de infância” da autora e que pretende  “trazer” o Alentejo para a capital.

“O que está por detrás desta produção é uma vontade enorme de trazer o Alentejo a Lisboa e o que é que esta própria viagem, que na verdade é um bocado pessoal, pode significar”, conta a encenadora Rita Costa.

Assumindo-se como uma “orgulhosa alentejana” natural de Évora, a autora acrescenta que a peça tem por cenário “um quarto de hospital”, espaço “bastante limitado” onde “se trabalha muito a noção do que é que este abandono – da identidade até – nos causa”.

“Ao mesmo tempo, é um revisitar de memórias afetivas e até de infância, que nos transportam um bocadinho para esse lugar do sonho e de possibilidade de nos mantermos vivos”, diz.

“Além” tem texto de João Garcia Miguel, a partir de “À Sombra”, um original que Rita Costa escreveu em 2011, juntamente com Lígia Santos, como trabalho final do mestrado em ‘Arte do Ator’, que ambas frequentaram na Universidade de Évora.

“[O João Garcia Miguel] pegou nessa peça e manteve parte dela, mas com outra abordagem, com outra noção e até com outra linguagem”, observa Rita Costa.

A nova produção do Teatro Ibérico tem interpretação de Helena Baronet e Vanda R. Rodrigues, contando também em palco com a presença do grupo coral feminino ‘As Papoilas do Enxoé’, de Vale de Vargo, freguesia no concelho de Serpa.

A peça vai estar em cena até dia 17 deste mês de abril, tendo apresentações de quinta-feira a sábado às 21h00 e, ao domingo, pelas 17h00.

As sessões serão adaptadas com língua gestual portuguesa e ainda audiodescrição.

“À imagem do fizemos o ano passado com as audiodescrições, este ano decidimos investir também na interpretação em língua gestual portuguesa, porque achamos ser importante tornar o teatro um espaço de encontro e acessível a todos”, justifica Rita Costa.

Depois das sessões em Lisboa, a encenadora reconheceu o desejo de levar “Além” aos palcos “fora de Lisboa, inclusive ao Alentejo”.

“Seria muito importante”, conclui.

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Correio Alentejo

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