Cerca de 40 manifestantes, com cartazes e faixas negras e gritando palavras de ordem contra o Governo, “receberam” esta segunda-feira, 1, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, à entrada de uma propriedade agrícola no concelho de Serpa.
Os participantes no protesto, representantes de sindicatos, movimentos e freguesias do distrito de Beja, esperaram pela ministra junto à estrada de acesso à Herdade Maria da Guarda.
Assunção Cristas chegou, por volta das 11h30, à exploração, onde presidiu à inauguração do lagar da Casa Agrícola Cortez de Lobão.
No âmbito do projecto, a empresa, através da Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda, plantou, entre 2006 e o início deste ano, 1,1 milhões de oliveiras, numa área de 575 hectares espalhada pelas herdades Maria da Guarda e da Capela, na freguesia de Vale de Vargo.
Aproveitando a deslocação da ministra da Agricultura, perto de 40 pessoas concentraram-se junto à entrada da herdade por onde a comitiva de Assunção Cristas passou, sem parar.
Os manifestantes empunhavam cartazes e faixas e gritaram palavras de ordem como “a luta continua, Governo para a rua”, “gatunos”, “mentirosos” ou “trabalho sim, desemprego não”.
Já as faixas, algumas delas negras e com frases escritas a branco, diziam, por exemplo, que “O roubo de salários é uma vergonha nacional”.
“Exigimos a reabertura da estação de correios de Safara” e “Santo Amador em luta, freguesia sempre” eram as frases de outras duas faixas, alusivas a freguesias do vizinho concelho de Moura.
Entre os participantes do protesto, foi possível ver representantes do Sindicato dos Professores da Zona Sul ou do Movimento Unitário dos Reformados, Pensionistas e Idosos de Beja.
Estes últimos empunhavam um cartaz com uma fotografia do Presidente da República, Cavaco Silva, “envergando” um camuflado militar e com a frase “Não tenho salários. Sobrevivo com uma reforma miserável de 10.042 euros”.
A ministra Assunção Cristas também foi directamente visada num dos cartazes!
Uma fotografia sua, colada num cartão, mostrava-a com um cacho de bananas sobre a cabeça, podendo ler-se, por cima, “destruir o que resta da produção nacional”, e, por baixo, “o que vai na cabeça da ministra?”.
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