Após seis meses do triplo homicídio em Beja e do suicídio do assassino confesso, o Ministério Público ainda não arquivou o inquérito, por aguardar relatórios de autópsias, revelou à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.
Segundo a fonte, o inquérito ao caso, a cargo do Ministério Público de Beja, "ainda não se encontra arquivado, aguardando-se, nomeadamente, a junção aos autos dos relatórios das autópsias".
O caso remonta a 13 de Fevereiro deste ano, quando o homicida, Francisco Esperança, de 59 anos, se entregou à PSP, que, após o ter detido, entrou na sua casa, onde encontrou os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro anos.
No primeiro interrogatório judicial, a 15 de Fevereiro, o homicida explicou que cometeu os crimes enquanto as vítimas dormiam e com recurso a uma catana "por ser um instrumento silencioso".
A situação económica da família foi o principal motivo invocado por Francisco Esperança para assassinar mulher, filha e neta na noite de 7 para 8 de Fevereiro, cinco dias antes de os cadáveres terem sido encontrados.
Segundo o Ministério Público, após cometer os crimes, o homicida ocultou os cadáveres das vítimas em casa "durante mais de quatro dias", período durante o qual se comportou "como se nada se tivesse passado".
Na sequência do primeiro interrogatório judicial, o homicida ficou em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, do qual foi transferido, na tarde do dia seguinte, "por razões de segurança", para o Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), onde se suicidou.
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