Festival Islâmico “enche” vila de Mértola

Festival Islâmico “enche” vila de Mértola

Por estes dias as ruas do centro histórico de Mértola são ainda mais “mágicas”. Há uma multidão que sobe e desce o empedrado desordenado, há cheiros no ar, sabores para provar e muita, muita cor. Estes são os dias do Festival Islâmico, que arranca nesta quinta-feira, 16, e se prolonga até domingo, 19 de Maio, numa iniciativa da Câmara Municipal local para celebrar a “herança islâmica” da vila.
“É de facto um festival com genuinidade, tendo em Mértola por estes dias comerciantes marroquinos, um centro histórico real e muito semelhante a uma medina árabe, e termos toda a dinâmica e actividade cultural idênticas às que existem nesses locais, enriquecidas por outras actividades puramente alentejanas”, sublinha o presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa.
Dinamizado pela autarquia em parceria com quase quatro dezenas de entidades e particulares, o Festival Islâmico de Mértola é sinónimo de diversidade e encontro de culturas, sendo que um dos grandes destaques (e atractivos) é o souk, mercado de rua típico das localidades islâmicas que “abre portas” nesta quinta-feira, 16, pelas 10h00, onde estarão presentes artesãos e comerciantes com produtos de várias origens, com destaque para o artesanato, as especiarias ou os chás provenientes de Marrocos e outras paragens.
A música é outro elemento essencial do Festival Islâmico, que para esta quinta-feira, 16, tem previstas as actuações de Ricardo Ribeiro & “Os Ganhões de Castro Verde” (22h30 na Praça Luís de Camões), Omiri e Belectronic (depois das 24h00 no cais do Guadiana).
Na sexta-feira, 17 de Maio, cantam O Gajo (22h30 na Praça Luís de Camões) e as bandas Speed Caravan, 47 Soul e Belectronic (a partir da meia-noite no cais do Guadiana).
No sábado, 18, a música estará a cargo da banda Três Bairros e de Sebastião Antunes (22h30 na Praça Luís de Camões), assim como de Bombino, Duoud e DJ Le Mood du Mahmood (depois das 24h00 no cais do Guadiana).
E para domingo, 19, está previsto o espectáculo de encerramento do festival, passando pelo largo Vasco da Gama, depois das 18h30, as Adufadeiras do Rancho Folclórico de Monsanto, os grupos corais da Mina de São Domingos, Guadiana de Mértola e Os Caldeireiros de São João, o conjunto “Os Alentejanos” e a Companhia Al Yamal.
O Festival Islâmico faz-se de partilha, experiências e descobertas, contando para tal com três grandes exposições em 2019: na galeria do castelo de Mértola está patente a mostra de fotografia “Onde a escuridão se Torna Mágica”, de Miguel Claro; na sala de exposições da Casa dos Azulejos pode ser vista uma exposição de instrumentos de corda do Médio Oriente, do Al-Andaluz e do Magreb; e na Casa das Artes Mário Elias estão patentes trabalhos do fotógrafo Jseus Botaro, na mostra “Al borde de un poema”.
Para descobrir (e vivenciar) pelos visitantes do festival vão estar também os pátios das Alquimias, das Artes e Ofícios, da Palmeirinha e da Casa dos Azulejos, espaços da responsabilidade de várias entidades.
Nos dias de festival também não faltarão os debates, sendo que nesta sexta-feira, 17, vão realizar-se as conferências “A água santa e a outra… O caso de Mértola entre o mundo romano e a antiguidade tardia” (15h00) e “Princípios da educação no Islão” (17h00). No sábado, 18, vai falar-se sobre “O Mediterrâneo islâmico medieval e a agricultura: uma revolução verde?” (15h00) e “Ser e comunidade” (18h00), enquanto no domingo, 19, está prevista a conferência “Contributo para o estudo da paisagem e da cultura da água nas montanhas do norte e do sul de Marrocos: perspectiva histórica” (16h00).
Oficinas de viola campaniça, de percussão, de danças orientais e de latoaria (entre outras), recitais de poesia, apresentação de livros, animação de rua e actividades infantis são outras das propostas para os três de Festival islâmico em Mértola.

Partilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
Correio Alentejo

Artigos Relacionados

Role para cima