Distrito de Beja: Criminalidade aumentou em 2018

Distrito de Beja: Criminalidade aumentou em 2018

O distrito de Beja continua a ser um dos mais seguros do país, mas a criminalidade geral e violenta a grave aumentaram no último ano. Os dados surgem no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018, apresentado no final da última semana no Parlamento e ao qual o “CA” teve acesso.
De acordo com o documento elaborado pelo gabinete do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, em 2018 foram registadas no distrito de Beja um total de 4.221 participações na área da criminalidade geral, o que representa um aumento de 5,1% face ao ano anterior. Entre os crimes mais comuns estão a ofensa à integridade física simples (340 participações) e a condução com taxa de álcool superior a 1,2 g/l (335 participações).
O concelho com mais participações foi o de Beja (1.012), logo seguido de Odemira (756) e Serpa). Abaixo das 100 participações em 2018 ficaram os concelhos de Barrancos (33) e Alvito (87).
Estes números fazem de Beja o distrito onde a criminalidade geral mais aumentou percentualmente no último ano. Ainda assim, Beja continua muito distante de distritos como Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Braga e Aveiro, que no seu conjunto representam 70,9% da criminalidade registada. E analisando os últimos 10 anos, o distrito de Beja só apresentou melhores índices em 2009, 2016 e 2017.
No que diz respeito à criminalidade violenta e grave, o distrito de Beja registou um total de 105 participações em 2018, mais 7,1% que no ano transacto. O distrito foi o quarto onde este tipo de criminalidade mais aumentou no último ano, sendo que os crimes mais comuns foram os de resistência e coacção sobre funcionário (33 participações) e roubo por esticão (20 participações).
Finalmente, em matéria de violência doméstica, o RASI 2018 revela que o distrito de Beja registou no último ano um total de 326 ocorrências, algumas das quais registadas por PSP ou GNR como outro tipo de crime mais grave. Um número que representa um aumento de 16,8% relativamente a 2017 (maior subida em todo o país) e que coloca Beja com uma taxa de incidência por cada 1.000 habitantes de 2,28, ou seja, abaixo da média nacional (2,57).

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Correio Alentejo

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