O disco “Lugar Nenhum”, editado em Março de 2020 por Napoleão Mira & Grafonola Voadora, está entre os melhores do último ano para o site espanhol “No Solo Fado” e para a rádio aPALAVRAdo, que emite online.
No caso do “No Solo Fado”, o trabalho foi distinguido “como um dos melhores 20 discos de 2020”, enquanto a aPALAVRAdo definiu “Lugar Nenhum” como “um dos discos essenciais de 2020”.
“Ficamos contentes, orgulhosos e desejosos de levarmos o mais longe possível este trabalho, que é o reflexo da nossa paixão por este género musical mas que também vive muito da imagem, daí a sua necessidade de ser ouvido e visto ao vivo”, sublinha ao “CA” Napoleão Mira, natural de Entradas (Castro Verde), um dos membros deste colectivo, juntamente com Luís Galrito e João Espada.
“Quem percebe da poda e já o ouviu de ‘fio a pavio’, diz-nos que esta é uma viagem poético-musical de referência e que, ao contrário de outros géneros, este é um trabalho que perdurará no tempo.”
Napoleão Mira
Segundo Napoleão Mira, que escreveu grande parte das “canções faladas” de “Lugar Nenhum”, estas duas distinções são um importante bálsamo para um trabalho cuja promoção se viu altamente condicionada pela pandemia que entretanto chegou a Portugal.
“Fomos obrigados a adiar todo um calendário de promoção da obra, como divulgação radiofónica, entrevistas e, sobretudo, os concertos que estavam agendados. A divulgação foi sendo feita aos ‘soluços’ e quase passou despercebida. E porque nos movimentamos numa zona ‘fora da caixa’, ficámos um bocado sem chão”, admite.
Ainda assim, os elogios à obra têm-se acumulado. “Quem percebe da poda e já o ouviu de ‘fio a pavio’, diz-nos que esta é uma viagem poético-musical de referência e que, ao contrário de outros géneros, este é um trabalho que perdurará no tempo”, observa Napoleão Mira.
Para 2021, e assim que a Covid-19 “dê tréguas”, o colectivo pretende voltar à estrada e actuar onde “for possível”.
“Queremos estar nalguns festivais, nomeadamente literários, e onde nos convidarem e proporcionarem condições para levar a cabo este espectáculo, que, na sua versão completa, conta com mais de uma vintena de pessoas em palco ao longo de toda a performance”, sublinha Napoleão Mira.