Um total de 12 chefes de equipa de Medicina Interna das Urgências do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, apresentaram nesta terça-feira, 18, a sua demissão, alegando falta de condições para tratar dos doentes com qualidade e segurança.
Segundo adianta a Agência Lusa, no pedido de demissão os 12 chefes de equipa de Medicina Interna consideram que “as condições atuais não permitem assegurar cuidados aos doentes com a qualidade e segurança devidas” nas Urgências do hospital gerido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Os médicos referem que a decisão de apresentarem a demissão foi agora tomada “em virtude de uma situação ‘arrastada’ de declínio das condições de trabalho e de organização” das Urgências.
No pedido de demissão os 12 chefes de equipa de Medicina Interna consideram que “as condições atuais não permitem assegurar cuidados aos doentes com a qualidade e segurança devidas” nas Urgências do hospital de Beja
No pedido de demissão, os 12 chefes de equipa também pediram escusa de responsabilidade civil, juntamente com mais quatro médicos especialistas do hospital de Beja.
Os médicos demissionários afirmam ainda que a pandemia de Covid-19 “veio agravar as condições, já de si precárias, em que o trabalho é desenvolvido” nas Urgências do hospital.
Entretanto, em comunicado enviado à imprensa, a administração da ULSBA revela ter apenas tomado “conhecimento pela comunicação social do pedido de demissão do cargo de chefes de equipa do Serviço de Urgência” e do “pedido de reunião por parte destes médicos”.
“Face ao sucedido, e após conversa com a direção do Serviço de Medicina e com os coordenadores do Serviço de Urgência”, a administração da ULSBA agendou para esta quarta-feira, 19, pelas 9h30, uma reunião “com os médicos signatários ou representantes”.
Notícia atualizada às 15h50 de terça-feira, 18, com a posição da administração da ULSBA