O semanário “Expresso” apresentou, na sua edição de 16 de setembro, “um retrato da administração pública obsoleta”, que demonstrava “um Estado a cair aos bocados”. Os títulos não são excessivos nem populistas, pois ao longo da reportagem foram ilustrados diversos casos de serviços públicos com salas sem luz natural nem ventilação, infiltrações e mofo, tetos e elevadores que já caíram, baratas, ratos e outros bichos que mordem os funcionários.
De acordo com o mesmo texto, nas Finanças de um concelho do Alentejo com quase cinco mil habitantes há apenas dois funcionários a trabalhar, ambos com mais de 60 anos. E em muitos serviços, da Justiça à Segurança Social, há computadores com mais de 15 anos, que “não aguentam” tarefas simples e têm “velocidades de internet verdadeiramente jurássicas”.
No distrito de Beja são também alguns os exemplos desta triste realidade, o mais flagrante o edifício onde outrora funcionou o Governo Civil e que acolhe serviços como a PSP, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ou o Instituto da Mobilidade e dos Transportes. A chuvada da passada semana colocou ainda mais a nu as carências desse espaço, causando quedas de estuque e inundando casas-de-banho.
Tudo isto é verdadeiramente intolerável e uma vergonha para o Estado (que, no fundo, somos todos nós). Se queremos uma administração pública competente e eficiente, célere na resolução dos problemas e capaz de dar resposta às solicitações, também temos de dotar os respetivos serviços de condições básicas para o seu bom funcionamento. Caso contrário, não se podem esperar milagres nem estranhar o mau atendimento de alguns funcionários.

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