Saúde (muito) problemática

Sexta-feira, 6 Setembro, 2024

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Desde que o verão começou (e estamos quase no final da época estival) sucedem-se as notícias de “caos” na área da Saúde, sobretudo devido ao encerramento de serviços de Urgência, situação motivada pelas férias de médicos e enfermeiros e que tem obrigado os utentes a uma “correria” de hospital em hospital, em busca de resposta aos seus problemas clínicos.
Uma realidade que se tem verificado de norte a sul do país e onde o Baixo Alentejo não foi (infelizmente) exceção, com as Urgências do Hospital José Joaquim Fernandes a estarem também encerradas durante alguns dias no mês de agosto.
O caso é problemático e tem-se agudizado ao longo dos últimos tempos, contrariando as teses de muitos (alguns dos quais com grandes responsabilidades públicas), que argumentavam que tudo se devia à inépcia dos anteriores governos e que, à mesa do comentário televisivo, apresentavam soluções quase “milagrosas” e bastante fáceis de implementar para “salvar” o SNS.
A realidade veio, mais uma vez, contrariar estas visões “messiânicas” e a atuação da ministra da Saúde também pouco tem contribuído para a resolução dos problemas. A forma pouco elegante como foi tratada a anterior direção-executiva do SNS, “empurrando-a” para um pedido de demissão, foi apenas um dos muitos exemplos de como o trabalho desenvolvido pelo Governo nesta área tem deixado a desejar, apesar do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, aprovado em Conselho de Ministros a 29 de maio.
Exige-se, portanto, que de ora em diante o Ministério da Saúde possa ser mais acutilante na resolução dos problemas do SNS, garantindo que este seja cada vez mais robusto e acessível a todos, moremos ou não numa cidade, estejamos no litoral ou no interior.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Em Destaque

Últimas Notícias

Role para cima