Castro Verde homenageou no Festival “Castro Mineiro” todas as mulheres e homens mineiros que, desde há 42 anos, fizeram de Neves-Corvo a mais importante mina de Portugal e uma das mais relevantes de toda a Europa.
A grandiosidade de Neves-Corvo e da Somincor é para nós, há muitos anos, um elemento de orgulho e um símbolo de trabalho e mais-valia social. O que seria Castro Verde sem todas as mulheres e homens que, nestas últimas décadas, “do fundo do fundo”, trazem riqueza para a superfície? É preciso afirmar sem pruridos de natureza alguma que a atividade mineira tem sido e vai continuar a ser muito importante para todos nós.
Na criação de emprego. Na valorização da economia e das suas dinâmicas. No impacto e diversidade social. Na valorização da vida das famílias. Até no importante cruzamento de culturas.
Dirão alguns… também há inconvenientes! Dizemos nós: certamente que sim, mas no saldo destes 42 anos, quem nos dera ter muitos mais 42! Por isso, permitam-nos a expressão: A Mina de Neves-Corvo é a “menina dos nossos olhos” e, sem deixar de ser exigentes e atentos, estamos sempre prontos para dialogar, colaborar e acentuar parcerias com a Somincor. O Festival “Castro Mineiro” é exemplo disso, mas muitos outros poderíamos dar!
Queremos, de uma vez por todas, fazer um caminho de consolidação do nosso território. Todos sabem bem a visão ideológica e política que temos. Somos a favor da iniciativa privada, das suas ideias, criatividade e capacidade de investimento.
Com 25 anos de atraso, Castro Verde está prestes a “abrir as portas” da sua primeira e muito desejada Zona Empresarial. Estamos a falar de um investimento muito superior a dois milhões de euros para atrair empresas e investimento, criar emprego e diversificar a economia.
Queremos contrariar a natural e tendencial monocultura do minério, criando boas oportunidades. Estamos à porta de, finalmente, conseguirmos conjugar as potencialidades da mais importante mina portuguesa com uma Zona Empresarial e a privilegiada localização do concelho de Castro Verde, que é cruzado por importantes vias como a A2, IP2 ou as EN2 e EN123, mas também pela ferrovia que está diretamente ligada a Neves-Corvo.
Não estamos apenas confiantes. Temos a certeza que, com este nosso passo, Castro Verde vai consolidar o seu estatuto de concelho fundamental e decisivo em todo território do Baixo Alentejo e do Sul.
É também por isso (e para isso!) que estamos a requalificar a nossa Escola Secundária, num investimento em curso superior a quatro milhões de euros.
É a partir desta obra essencial que, estamos certos, Castro Verde será no Campo Branco um “centro” sub-regional no domínio da Educação e da formação.
A Câmara Municipal tem um projeto claro para o futuro. Fazemos caminho sem preconceitos, focados nas pessoas e trabalhando com as pessoas.
Temos noção das vantagens da nossa localização territorial. Para a Educação e para a Economia, mas também para a Saúde ou para a Cultura!
Por isso, no caso da Saúde, estamos muito atentos quanto às algumas tentações e aos riscos em torno do Serviço de Urgência Básica de Castro Verde.
A centralidade do nosso concelho é um fator decisivo e inequívoco para continuarmos a ter aqui esse Serviço durante 24 horas/dia.
Felizmente, a nossa visão é também a visão da atual administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA). Aguardamos, portanto, que o processo em curso para a ampliação e requalificação do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Castro Verde, pelo qual nos batemos há cinco anos, não seja metido na gaveta ou definido como não prioritário.
Nem o Município de Castro Verde nem os autarcas e o povo dos concelhos que aqui têm resposta perceberiam esse desfecho.
Quanto à Cultura, estamos a concretizar as nossas ideias. É certo que dois anos de pandemia pouco nos ajudaram mas, fica claro, temos uma estratégia concreta: é possível ter muita e interessante atividade cultural valorizando, ao mesmo tempo, o nosso território!
É assim com o Festival “Sabores do Borrego”, que dá primazia ao muito importante sector agrícola do concelho. Julgamos que já está a ser assim com o novo Festival “Castro Mineiro”, que valoriza a relevante industria extrativa.