Depois de três anos de avanços e recuos, de alguns passos ao lado e muita indefinição, a empresa AeroNeo e a ANA – Aeroportos de Portugal firmaram finalmente o acordo que prevê a instalação de uma unidade industrial para a manutenção e desmantelamento de aeronaves no aeroporto de Beja [ver notícia na página 6]. Um investimento a rondar os oito milhões de euros que dentro de ano e meio poderá estar a funcionar e criar, quando em “velocidade de cruzeiro”, até oito dezenas de novos postos de trabalho, grande parte dos quais para técnicos altamente especializados (e com outro poder de compra).
Apesar de tardia, esta é uma excelente notícia para o chamado Aeroporto do Alentejo. Porque abre uma nova janela de esperança para esta infra-estrutura, ao mesmo tempo que poderá levar os seus responsáveis, desde a empresa concessionária àqueles que governam, a perceberem de uma vez por todas que o grande potencial do equipamento reside mais no plano da logística, da manutenção e do transporte de mercadorias do que propriamente na captação de voos de passageiros, sejam eles regulares ou charters.
E se esta é uma constatação cada vez mais óbvia, é também à luz desta realidade que percebemos que muito pouco se tem feito desde 2011 para valorizar um aeroporto construído a “preço de saldo” e que tanto pode dar a uma região tão necessitada da criação de riqueza como de “pão para a boca”. É certo que os investimentos como o da AeroNeo não surgem como cogumelos, sobretudo em áreas tão complexas e específicas como a aeronáutico. Mas convenhamos que a rentabilização do aeroporto de Beja tem sido demasiadamente lenta, por vezes até menosprezada. Um caminho que parece agora ganhar nova direcção. Assim o esperamos. Porque mais vale tarde que nunca.
Romaria da Senhora da Cola em Ourique
O santuário de Nossa Senhora da Cola, no concelho de Ourique, recebe neste fim de semana, dias 7 e 8 de setembro, a sua tradicional