No próximo dia 10 de Outubro, José Luís Peixoto regressa às bancas com Galveias, obra inspirada nas vivências do autor na pequena aldeia do concelho de Ponte de Sor onde nasceu há 40 anos. O livro acaba por ser uma homenagem à terra onde cresceu, mas também uma espécie de apelo em defesa da sua própria identidade como alentejano. “O interior do país sofre de problemas bastante graves, aos quais temos de prestar atenção e tentar reverter. Os habitantes dessas localidades mais pequenas, que enfrentam o desemprego e o envelhecimento da população, não têm instrumentos para o fazer sozinhos”, diz mesmo Peixoto.
No fundo, Galveias aborda aquele que é o maior “pesadelo” de todos os quantos ainda vivem nas regiões mais afastadas do litoral, seja a norte ou a sul: a falta de soluções (e de opções) que os prendam a este quinhão de terra. Porque, na prática, hoje temos um país desequilibrado e entornado para o mar, confinado a duas grandes áreas urbanas (mais algumas – poucas – cidades de média dimensão) e que empurra grande parte das suas gentes para fora de casa. E se este é o país que temos, não é seguramente aquele que queremos!
Ora saber o que fazer para inverter este quadro será, para muito boa gente, quase como que descobrir o “ovo de Colombo”. Mas até lá, talvez não fosse má ideia lançar políticas que favoreçam e discriminem efectivamente aqueles que (ainda) vivem no interior ou beneficiar fiscalmente as empresas que invistam e criem empregos nestes territórios, ao mesmo tempo que se vão arranjando as estradas ou criando as condições para haver por aqui os cuidados médicos adequados. Certamente que com estes pequenos “incentivos” as noites de quem por cá vive seriam mais descansadas…
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