Era para escrever uma crónica banal e veraneante. Tão banal que falava da temática do pão com manteiga e das implicações que este tinha na auto-estima das pessoas quando o deixavam cair com a parte barrada virada para baixo num chão pejado de formigas.
Deambulava eu sobre o assunto, quando me lembrei de um tema ainda mais trivial. Falo-vos de um tópico a que a maior parte dos portugueses já nem liga: os famosos cambalachos dos banqueiros e políticos cá do burgo!
O último (até ver!) a cair do pedestal foi Ricardo Salgado. Ao que parece, foi-lhe puxado o tapete da imunidade e logo que se apeou do cavalo do poder foi levado à presença do juiz, de modo a explicar de viva voz certas coisas que há muito faziam brotoeja a muita gente.
O bom do Isaltino ainda arranjou um primo taxista lá para a Suíça para se desculpar com excesso de dinheiro que lhe saía dos bolsos aos moitões.
O pobre do Ricardo, à falta de um primo taxista, desculpou-se com a oferta generosa de um amigo, só que o raio da oferenda era o equivalente a um primeiro prémio do Euromilhões: 14.000.000 de euros (sic!)
Já não falo do Rendeiro, que continua a fazer vida de fausto e de Ritz para cima, com chauffeur particular e outras mordomias que aqui não ouso referir. Do Dias Loureiro a banhos no seu El Dorado de Morabeza, provavelmente a tentar lembrar-se se assinou ou não aquele ruinoso negócio da Biometrics, cujo valor ascendia a mais de 31.000.000 de euros. Do Duarte Lima, esse vulto da advocacia portuguesa, que segundo parece cobrou 5.000.000 de euros de honorários sobre trabalhos futuros, mas sem serem passados recibos. Isto para não falar da Rosalinda. Sim, dessa… da defunta Rosalinda. E que dizer do Oliveira e Costa, esse monstro da economia que conseguiu derreter um banco enquanto o diabo esfregava um olho para todos nós pagarmos de seguida.
Enfim! Banalidades do nosso dia-a-dia, neste cantinho à beira-mar plantado.
Boas férias se for caso disso e cuidado ao segurar as fatias de pão barradas a manteiga.
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