A Somincor, sociedade detida pela sueco-canadiana Lundin Mining que explora as minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, fechou o último ano com ganhos operacionais acima dos 115 milhões de euros [ver notícia na página 2 deste jornal]. Apesar da quebra face a 2012, são números que continuam a ser mais que suficientes para fazer com que esta seja a mais importante empresa de todo o Alentejo, exportando quase na totalidade a sua produção.
Mas as contas da Somincor relativamente a 2013 revelam igualmente que a Lundin Mining vai prosseguir este ano o ciclo de investimentos que tem vindo a realizar, o que assegura a laboração da mina por mais uma década (no mínimo). E apesar desta não ser propriamente uma novidade, continua a ser uma excelente notícia para toda a região do Campo Branco.
Porque numa zona onde a agricultura não pode reconverter-se ao regadio e grande parte dos empregos ainda estão ligados aos serviços públicos – cuja tendência é virem a encerrar –, um futuro sem mina seria bem diferente do presente. Para pior!
O CASO DOS BOMBEIROS. Nesta edição do “CA” apresentamos uma reportagem com a recém-eleita direcção dos Bombeiros Voluntários de Mértola, que garante que a corporação já ultrapassou grande parte das dificuldades sentidas há poucos anos. Ainda assim o seu passivo ronda alguns milhares de euros, situação a que quase nenhum das restantes associações humanitárias do distrito escapa (se bem que umas mais que outras).
Ora pelo país fora o quadro de constrangimentos sentidos pelos bombeiros é semelhante, o que coloca a seguinte questão: por que razão os governos (este e os anteriores) não têm criado condições para que, por exemplo, os “soldados da paz” se possam financiar com juros baixos, evitando assim muitas destas crises? É que poderá chegar o dia em que necessitemos de socorro e o carro dos bombeiros não sai do quartel por não haver dinheiro para o gasóleo ou para uma simples reparação…