O duro caminho da consolidação das contas públicas, que temos vindo a percorrer, começa, ainda que indelevelmente, a dar os primeiros indicadores positivos.
Na verdade, de acordo com os últimos dados, existe um maior equilíbrio das contas públicas, a balança comercial está mais equilibrada, por via do aumento das exportações e concomitante diminuição das importações e, pela primeira vez nos últimos anos, os juros da dívida pública baixaram para níveis que há mais de dois anos não almejávamos alcançar.
O mote do crescimento económico está agora lançado e diversas individualidades, parceiros sociais e a própria troika, alertaram para a necessidade imperiosa de uma aposta, clara e inequívoca, do crescimento da economia nacional.
Importa, pois, acelerar o crescimento da economia, com mais e melhor investimento, com a adopção de políticas que potenciem a exportação nacional para novos mercados emergentes e o acesso das empresas ao crédito com juros mais aliciantes.
De facto, o crescimento da economia e o equilíbrio da balança comercial são factores determinantes para o aumento da empregabilidade e consequente diminuição dos elevados níveis de desemprego, que têm vindo a agravar-se no último ano.
Mas a dicotomia crescimento da economia versus diminuição do desemprego não é, de forma alguma, automática. Isto é, os reflexos de uma boa política económica levam alguns meses ou mesmos anos a serem positivos para o mercado de trabalho.
Como tal, importa que o Governo crie programas públicos de apoio à empregabilidade, que se reflictam, imediatamente, no tecido social português.
Se tal é verdade no todo nacional, o mesmo diremos ao nível da nossa região. Alguns concelhos, tais como o de Almodôvar, têm ganho visibilidade, pela adopção de uma estratégia transversal às especificidades deste vasto território que congrega uma multiplicidade de dinâmicas locais envolvendo investimentos, públicos e privados.
Falo especificamente da Estratégia de Eficiência Coletivas Provere – Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrânio, da qual Almodôvar é chefe de fila. Este programa permitirá implementar novos eixos de desenvolvimento das inúmeras potencialidades locais, tais como os produtos endógenos e a qualidade paisagística e ambiental.
Esta aposta permite interligar eficiência económica, coesão social e equilíbrio ecológico, fazendo do desenvolvimento sustentável o pilar das políticas de fixação e atracção de pessoas e o aumento dos índices de qualidade de vida local e regional.
Destaco, a título meramente exemplificativo, as acções estratégicas para a valorização, promoção e internacionalização dos recursos silvestres do Sul de Portugal, a criação de um Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo e vários investimentos na área do turismo, agricultura biológica e investigação.
Tal representa um total de mais de 130 projectos, com um valor de investimento que ultrapassa os 30 milhões de euros.
Em termos mais globais, esta estratégia poderá assumir-se como um elemento catalisador do desenvolvimento local, que assenta nas nossas especificidades e cultura milenares, aliados a um profundo “saber fazer” que nos distingue dos demais.
Acreditamos que este é o caminho a seguir, o qual trará reflexos positivos ao nível da empregabilidade, sobretudo dos mais jovens e das mulheres, pois só com um desenvolvimento sustentável será possível atingir as metas que Portugal precisa para ultrapassar esta fase negativa da sua história recente.
PSD vai a votos em Ourique, Almodôvar e Odemira
Gonçalo Valente, Diogo Lança e Luís Freitas são os candidatos únicos à liderança das secções do PSD em Ourique, Almodôvar e Odemira, respetivamente, que vão