Os vereadores eleitos pela CDU na Câmara de Beja acusam o actual executivo, liderado pelo socialista Jorge Pulido Valente, “de falta de transparência na gestão financeira” da autarquia e exigem ter “conhecimento do mapa de pagamentos para o mês”.
Em causa está, de acordo com um comunicado dos vereadores comunistas, “tratamento desigual dos credores” por parte da maioria socialista, dado existirem “credores a quem não se paga há mais de dois anos e credores e fornecedores que recebem adiantamentos”.
Como exemplo, os eleitos comunistas apontam para o facto de ter sido aprovado pelo executivo de Pulido Valente um “adiantamento à empresa Cocas Produções, produtora do Festival do Amor, no valor de 18.450 euros do total de 92.127 euros que vai ser pago à empresa dos custos da iniciativa”.
“Acresce dizer, neste caso, que a contratação desta empresa foi feita por ajuste directo sem consulta a qualquer outra, uma situação que não nos parece salvaguardar os interesses do Município”, acrescenta o comunicado da CDU, lembrando que a empresa em causa “fez a produção da campanha eleitoral do PS nas últimas eleições autárquicas” e “tem desenvolvido, nos mesmos moldes, um conjunto de trabalhos tais como a participação do Município na Ovibeja, componentes da Vinipax, entre outros trabalhos”.
Confrontado com estas acusações, o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, disse na Rádio Pax que "este tipo de suspeitas e calúnias" não têm "qualquer fundamento" e explica que os critérios usados nos pagamentos têm em linha de conta as necessidades dos fornecedores e a própria actividade da Câmara Municipal.
