Castro Verde inaugura Centro de Artes e da Viola Campaniça

O novo Centro de Artes e da Viola Campaniça de Castro Verde “abre portas” neste domingo, 25 de abril, depois de um investimento de cerca de 635 mil euros por parte da Câmara Municipal. A cerimónia de inauguração está agendada para as 11h30 e contará com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Instalado num imóvel no “coração” da vila, junto à Basílica Real e ao edifício dos Paços do Concelho, o novo Centro das Artes e da Viola Campaniça teve um apoio comunitário de 85%, através do Alentejo 2020, e pretende ser “um espaço focado no ensino e na promoção das artes”.

“Será um centro de promoção e ensino de um conjunto de expressões artísticas, tocando as artes e os ofícios tradicionais – onde destacamos a viola campaniça –, mas procurando também dinamizar ateliers e oficinas em torno de outras expressões artísticas”, explica ao “CA” o vice-presidente da Câmara de Castro Verde, responsável pelo pelouro da Cultura.

Segundo David Marques, o novo espaço será “o ponto de partida para a descoberta e valorização” da identidade local, “ao mesmo tempo que permita atrair e oferecer a todos os residentes – e não só – uma nova disponibilidade ao nível da formação artística”.

A par disto, a autarquia pretende que o novo equipamento “reforce o trabalho que é feito a partir de outros equipamentos municipais”, caso do Fórum Municipal, ou de estruturas como a Secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo.

“Queremos que haja um diálogo permanente entre estas estruturas, valorizando também o trabalho das associações e das coletividades locais que valorizam esta área”, sintetiza David Marques.

Uma das “facetas” do novo Centro de Artes e da Viola Campaniça de Castro Verde srá a dinamização, “em permanência”, de oficinas ligadas à construção e ao toque de viola campaniça, que segundo David Marques “precisam de um espaço e de uma dinâmica própria”.

“Acreditamos que o centro vai acolher essa dinâmica, mas acrescentar também um conjunto de mais-valias com experimentados mestres que, felizmente, existem e que podem passar o seu saber a outros”, diz.

Em paralelo, o novo centro será “também um espaço de encontro sobre o cante e sobre as artes e ofícios tradicionais, como por exemplo a tecelagem”, em virtude de novas parcerias que a autarquia castrense quer vir a formalizar.

“Mas será também um espaço de descoberta de outras dinâmicas artísticas, como ateliers de artes plásticas, de pintura e de fotografia”, acrescenta David Marques.

Todos estes objetivos serão operacionalizados através da programação regular do Centro de Artes e da Viola Campaniça, que a Câmara de Castro Verde vai apresentar no dia da apresentação.

Levantando um pouco “o véu” sobre o que está em preparação, David Marques revela que, de início, estão previstos “alguns workshops e ateliers de curta duração que toquem as questões etno-musicais e sirvam um pouco para descobrir a viola campaniça, nomeadamente na perspetiva da construção do instrumento e também na sua interpretação”.

Por outro lado, continua o autarca, “teremos também um conjunto de propostas dentro daquilo que são as várias artes que vamos dar a conhecer muito em breve, sejam workshops de curta duração ou uma resposta mais continuada e permanente, que permita a todos descobrir, a partir do centro, os seus conhecimento e as suas competências artísticas em vários domínios”.

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Correio Alentejo

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