O arqueólogo Manuel Maia, de 76 anos e um dos impulsionadores do Museu da Lucerna, em Castro Verde, faleceu esta quinta-feira, 23, no hospital de Beja, onde se encontrava internado.
Natural de Lisboa, Manuel Maia era licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi responsável por inúmeras escavações arqueológicas e coordenação de vários projetos, nomeadamente no concelho de Castro Verde, juntamente com a esposa, a arqueóloga Maria Maia, também já falecida.
Entre estes surge a descoberta do depósito de lucernas de Santa Bárbara de Padrões e o inventário dos sítios arqueológicos do concelho de Castro Verde.
Foi igualmente fundador do Museu da Lucerna, propriedade da cooperativa Cortiçol e instalado na vila de Castro Verde, onde assumia atualmente funções de conservador e diretor.
Nas presentes eleições Autárquicas era o mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda no concelho de Castro Verde.
Em reunião do executivo realizada esta quinta-feira, 23, a Câmara de Castro Verde aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento de Manuel Maia.
“O seu desaparecimento físico constitui para Castro Verde e para a comunidade científica ligada à História a perda irreparável de alguém que, nos últimos 40 anos, assumiu no nosso concelho e no país um forte compromisso cívico e de carácter social”, sublinha a autarquia no voto de pesar.
O velório de Manuel Maia está previsto para a manhã desta sexta-feira, 24, em Castro Verde, seguindo depois o corpo para Faro, onde será cremado.
O “CA” apresenta as suas condolências à família de Manuel Maia.