Uma caravana humanitária, composta por sete viaturas e 14 voluntários, saiu esta quinta-feira, 17, de manhã, de Odemira rumo à Polónia, com o objetivo de levar bens de primeira necessidade e trazer refugiados ucranianos para Portugal.
Segundo disse ao “CA” o comandante dos Bombeiros de Odemira, Luís Oliveira, que integra a missão, a iniciativa partiu da “sociedade civil do concelho de Odemira” e junta voluntários de várias áreas, “desde empresários a pessoas ligadas à Educação”.
“São pessoas de várias áreas de atividade que se voluntariaram e disponibilizaram-se de imediato para integrar esta missão”, disse.
A caravana humanitária partiu esta manhã de Odemira e deve chegar no sábado, 19, à cidade polaca de Przemysl, na fronteira com a Ucrânia, onde vai deixar “bens de primeira necessidade e alguns medicamentos” para serem distribuídos pelas populações ucranianas.
“Depois iremos ao campo de refugiados na cidade seguinte, mesmo junto à fronteira, para fazer a recolha de mulheres e crianças que irão ser recebidas pelas famílias de acolhimento em Portugal”, revelou Luís Oliveira.
A chegada da caravana a Odemira está prevista para terça-feira e, de acordo com o comandante dos bombeiros voluntários, deverão vir para Portugal um total de 49 pessoas, indicados por associações voluntárias da Polónia.
“Algumas delas têm familiares em Portugal, mais concretamente em Odemira. Outras não, mas serão recebidas por famílias de acolhimento que já estão previamente preparadas para as receber”, disse.
Para Luís Oliveira, esta missão é o “mínimo que se pode fazer” por um povo “que está a sofrer com uma guerra sem explicação”.
Ainda assim, o comandante dos Bombeiros de Odemira admitiu recear o “impacto psicológico” do que vai encontrar no campo de refugiados.
“Esse é o meu grande receio… Vamos trazer cerca de 50 pessoas para Portugal, mas quantas mais 50 não ficarão lá com vontade de vir?”, questionou.
Notícia atualizada às 11h39 desta quinta-feira, 17, com as declarações do comandante Luís Oliveira