Os Bombeiros Voluntários de Almodôvar (BVA) contam com quatro novas viaturas ao serviço, todas para melhorar a sua capacidade de resposta na área do socorro e saúde.
Entre as novas viaturas, três delas foram recentemente adquiridas: uma ambulância de transporte de doentes e outra de transporte de doentes múltipla, além de um veículo dedicado ao transporte de doentes. A estas junta-se uma ambulância de socorro, através da reconversão de uma ambulância de transporte de doentes.
“Era necessário aumentar o número de veículos desta tipologia ao serviço do corpo de Bombeiros, dadas as necessidades que se têm vindo a verificar”, explica ao “CA” o presidente da Associação Humanitária dos BVA, Jorge Alves.
A apresentação dos novos veículos foi um dos momentos altos do 40º aniversário da corporação, celebrado neste mês de Maio. Uma data que, para Jorge Alves, representa “a afirmação de uma instituição que se orgulha do seu passado” e que sabe aquilo que representa para a população.
“Temos absoluta consciência dos nossos pontos forte e pontos fracos e dos constrangimentos e oportunidades que temos ao operar num concelho como Almodôvar. Este conhecimento permite-nos enfrentar o futuro mais imediato, isto é no horizonte 2018-2020”, sublinha o presidente dos BVA.
Cumpridos 40 anos de existência, a corporação almodovarense enfrenta o futuro com muitos desafios. Desde logo ter mais que os actuais 50 bombeiros.
“Esta é a realidade de todos os concelhos do interior do país. Associado a esta questão está o factor económico/financeiro. Não existe capacidade para pagar ordenados que façam face aos oferecidos por algumas empresas a operar no território, com a consequente diminuição de efectivos”, alerta Jorge Alves.
A modernização das instalações do quartel é outra das prioridades assumidas pelo presidente dos BVA, assim como o reforço da frota de viaturas pesadas de incêndio.
“As duas existentes, apesar de operacionais a 100%, apresentam já muitos anos de serviço. E duas viaturas deste tipo para cerca de 780 km2 é manifestamente insuficiente”, vinca Jorge Alves, lembrando que uma candidatura a fundos comunitários para a aquisição duma viatura destas não foi aceite “por existirem poucas ocorrências (incêndios) e pelo fraco número de habitantes”. “Isto é inconcebível”, critica.
Ao mesmo tempo, Jorge Alves defende a necessidade de uma “mudança de mentalidades”, no sentido de haver mais pessoas, empresas ou instituições da região a ajudar os bombeiros.
“Este é, sem dúvida, o maior dos desafios. E começa em cada um de nós e deveria ser tanto mais consciente quanto mais importância se tem nos diferentes campos sociais e profissionais onde se actua”, conclui.
CONTACTOS
Correio Alentejo
geral@correioalentejo.com
Tel.: 286 328 417
Rua Campo de Ourique, 6 – A
7780-148 Castro Verde