O primeiro dia de greve dos trabalhadores da GALP Energia, que começou às 00h00 desta segunda-feira, 17, e abrange as refinarias de Sines e Matosinhos, está a ter uma adesão superior a 90 por cento, adiantou uma fonte sindical.
“No caso da refinaria de Sines, a paralisação [que vai durar três dias] teve início às 00h00 e a expressão da greve foi superior a 90 por cento. Há cortes de abastecimento aos navios, ao terminal de Aveiras, aos vagões-tanque, carros-tanque e fábricas paradas”, adiantou à Agência Lusa o coordenador da federação inter-sindical Fiequimetal, Armando Farias.
Ainda assim, o dirigente remeteu para mais tarde dados mais exactos sobre a adesão à greve dos trabalhadores da GALP Energia, num protesto para “defender os direitos dos trabalhadores”.
De acordo com Armando Farias, a paralisação tem como objectivo “a defesa dos direitos dos trabalhadores”, numa altura em que "a empresa quer tirar direitos aos trabalhadores, sobretudo aos que estão na contratação colectiva, o que é inaceitável” e resulta da aplicação do novo Código do Trabalho.
A greve pretende também contestar “o aumento da comparticipação do regime do seguro de saúde, com um agravamento significativo das comparticipações a cargo dos trabalhadores”, segundo o sindicato.
A greve abrange todas as empresas do grupo liderado por Ferreira de Oliveira e pretende também retomar o protesto contra a actualização salarial de “apenas” um por cento, ocorrida no início do ano, quando, no primeiro semestre, a empresa teve um lucro de cerca de 200 milhões de euros.
“Os custos com os salários dos administradores atingiram os 3,7 milhões de euros, isto é, aumentaram mais de 30 por cento”, critica o sindicato.
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