Venda da Somincor. Autarca de Castro Verde encara negócio com tranquilidade, sindicato preocupado

A possível venda da Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo, é encarada pelo presidente da Câmara de Castro Verde como “um ato de gestão normal”, enquanto o sindicato do setor está preocupado com o eventual negócio.

“Temos pouca informação sobre os termos do negócio e como é que vai avançar, mas pensamos que não é nada do outro mundo, porque a venda de empresas acontece todos os dias em todo o lado”, afirma o autarca de Castro Verde, António José Brito.

O edil diz ainda compreender as intenções da Lundin Mining, proprietária da Somincor, dada a alta rentabilidade e importância social e económica da empresa sediada em Castro Verde.

“É legítimo que a Lundin Mining tenha a perceção de, tendo um ativo tão importante e valioso, o poder rentabilizar e, naturalmente, entendemos isso como um ato de gestão normal no seio de um grande grupo económico”, realça.

Por oposição, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira, considera que “não se avizinha nada de bom” se o negócio se concretizar.

“De certeza absoluta que não será bom para os trabalhadores, pois, quem vier, virá com vontade de ‘passar a limpo’ os direitos que os trabalhadores têm. Isso já foi tentado no passado e agora será mais do mesmo”, diz.

Recorde-se que a Somincor confirmou esta terça-feira. 16, em comunicado enviado ao “CA”, “a existência de contactos exploratórios” para a venda da sua operação em Portugal.

Mais informação na edição de 19 de julho do “CA”

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Correio Alentejo

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