Teatro promove coesão social na aldeia de São Luís

Um projeto de teatro comunitário e inclusão artística está a ser desenvolvido na aldeia de São Luís, no concelho de Odemira, para combater “o isolamento social” e “criar oportunidades de acesso à produção cultural”.

O projeto “O Tempo Cura?” é promovido pela Fundação O Cerro – Cultura e Ensino, tendo um financiamento de 30 mil euros através do programa “PARTIS & Art for Change”, das fundações Calouste Gulbenkian e “La Caixa”.

“Esta iniciativa tem como objetivo combater o isolamento social e criar oportunidades de acesso à produção cultural em zonas rurais, promovendo a coesão social e territorial, a igualdade de oportunidades e o diálogo intergeracional”, explica a coordenadora e diretora artística do projeto, Maria de Vasconcelos.

Segundo esta responsável, “a essência” do projeto “reside na criação de um espaço de encontro, onde diferentes gerações se unem para explorar, através da arte, temas como a memória, a identidade cultural e o impacto das transformações sociais e históricas no território”.

“Este ‘fazer juntos’ rompe barreiras sociais, promove o pensamento crítico e fortalece o sentimento de pertença, criando sinergias entre artistas profissionais e não-profissionais”, disse.

“Esta iniciativa tem como objetivo combater o isolamento social e criar oportunidades de acesso à produção cultural em zonas rurais, promovendo a coesão social e territorial, a igualdade de oportunidades e o diálogo intergeracional”, explica a coordenadora e diretora artística do projeto, Maria de Vasconcelos

O projeto “O Tempo Cura?”, que tem o apoio da Câmara de Odemira, da Casa do Povo e da Junta de Freguesia de São Luís, entre outras entidades, parte de um conceito “de cocriação artística”. Por isso, a iniciativa integra utentes da Casa do Povo de São Luís, jovens dos 13 aos 16 anos e os elementos do Grupo de Teatro Comunitário local.

Segundo a coordenadora do projeto, os participantes “irão desenvolver um espetáculo comunitário imersivo, inspirado nas histórias da Herdade do Cerro, uma propriedade agrícola com forte ligação à história socioeconómica da região, nomeadamente durante o período da ditadura salazarista”.

Para tal, serão recolhidos testemunhos reais de antigos trabalhadores e residentes, estando ainda previstas sessões “de análise histórica” e “de análise transgeracional e consciência sistémica”. Serão igualmente dinamizadas ações de formação artística em teatro, música, dança, movimento e trabalhos manuais.

Maria de Vasconcelos adianta que o espetáculo final, previsto para os dias 5 e 6 de julho, será apresentado na Herdade do Cerro “e incluirá momentos performativos multidisciplinares, proporcionando uma experiência imersiva única”.

O projeto prevê ainda a realização de uma exposição na Casa do Povo de São Luís e a estreia de um documentário, realizado por Pedro FM da Silva, “que registará todo o processo criativo e pretende ser apresentado em várias freguesias do concelho.

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Correio Alentejo

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