SOLIM pede “respeito” das autoridades pelos imigrantes no Alentejo

A Delegação de Beja da SOLIM – Solidariedade Imigrante veio a público manifestar a sua “preocupação e indignação” pelas “graves violações dos direitos humanos” das comunidades imigrantes no Alentejo, exigindo o “respeito” pelas autoridades policiais.

“Vítimas de tráfico humano, da exploração laboral e de condições de habitação degradantes”, os cidadãos imigrantes “tornaram-se um alvo fácil de violência policial”, advoga a SOLIM em comunicado.

Em causa estão os casos de “agressão, sequestro e tortura de imigrantes por militares da GNR de Vila Nova de Milfontes”, alguns já condenados “a penas de prisão efetiva e outros só recentemente suspensos de funções após a denúncia destes crimes na comunicação social”.

A SOLIM recorda ainda a “carga policial” registada na noite de passagem do ano por parte de duas dezenas de agentes da PSP sobre grupos que confraternizavam na Praça da República, em Beja.

A estes casos junta-se o do agente da PSP de Beja acusado pelo Ministério Público do crime de “tortura, tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes” contra um cidadão ucraniano em novembro de 2019.

“Perante esta sucessão de graves violações dos direitos humanos perpetradas contra imigrantes por elementos das forças policiais”, a SOLIM “exige ao Governo, através do Ministério da Administração Interna e da IGAI, a suspensão imediata de funções dos agentes acusados”.

A associação adverte ainda que, “além do perigo de reincidência comprovado, estes comportamentos traduzem uma mentalidade racista e xenófoba inaceitável entre quem tem responsabilidade de velar pela segurança de todos os cidadãos, sem discriminações”.

Nesse sentido, a SOLIM acrescenta que “nem é de descurar o risco de infiltração de forças policiais pela extrema-direita, já assinalado pela própria Polícia Judiciária”.

Partilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
Correio Alentejo

Artigos Relacionados

Role para cima