O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusa o primeiro-ministro de olhar para as zonas do interior de Portugal, caso do Baixo Alentejo, como um “fardo”.
“Não me esqueço do interior de Portugal, porque, ao contrário do primeiro-ministro, não olho para o interior do país como um fardo, um encargo, um problema, como um aborrecimento por ainda lá viverem portugueses e não terem passado todos para o litoral”, disse esta terça-feira, 10, António José Seguro em Moura.
Segundo o líder socialista, o interior “é preciso”, pelo que é necessário que seja criado “dinamismo, emprego, desenvolvimento”, para que esta zona do país “possa dar o seu contributo para a prosperidade e para o futuro de Portugal”.
Segurou acrescentou ainda que “aquilo que os portugueses que vivem no interior de Portugal querem não é subsídios, não é privilégios”.
“A única coisa que querem é ser tratados como os portugueses que vivem em qualquer outra região do país”, afirmou, sublinhando ser preciso que o investimento público ajude a criar oportunidades, tal como acontece no restante país.
“Não aceito que o interior seja conhecido por lares de idosos e jovens desempregados. Não aceito. É impossível. E o que está a acontecer em Portugal é, precisamente, isto”, afiançou, defendendo “um programa de desenvolvimento para todo o interior”, o qual “está a definhar” porque não existem “políticas públicas de apoio”.
O líder do PS andou esta terça-feira pela região no âmbito da pré-campanha para as eleições autárquicas de 29 de Setembro e depois de Moura visitou os concelhos de Beja, Vidigueira e Alvito.
Segurou terminou o dia em Cuba, com um comício onde, entre outras matérias de âmbito nacional, voltou a defender um “programa de desenvolvimento para o interior” do país, que seja capaz de criar emprego.
“O interior tem um problema de despovoamento”, mas “é porque as pessoas não gostem de viver no interior. É porque não há oportunidades de trabalho e as pessoas são obrigadas a emigrar daqui”, afirmou, afiançando que o emprego tem que ser “a prioridade”, pois, é o que “combate a miséria, a pobreza, a exclusão social”, concluiu.
