O executivo da União das Freguesias de Castro Verde e Casével (UFCVC) manifestou “o seu mais profundo desagrado” com a rejeição, no Parlamento, do processo que previa a desagregação destas duas freguesias, considerando que a “guerra” não está perdido.
Num voto de protesto, aprovado em dezembro por unanimidade, o executivo liderado pelo socialista António José Paulino considera que a decisão do Grupo de Trabalho – Freguesias, da Comissão Parlamentar do Poder Local, “suportada em critérios burocráticos que estabelecem um número mínimo de eleitores, não respeitando as particularidades dos territórios de baixa densidade”, reafirmando “a continuação da defesa da reposição da freguesia de Casével”.
“Todo trabalho desenvolvido pelo órgão executivo e deliberativo desta União de freguesias neste processo, a vontade das populações, manifestada, em devido tempo, as deliberações por unanimidade dos órgãos autárquicos do concelho […] não foi, mais uma vez, respeitada, representando o desfecho deste processo em mais uma oportunidade perdida para corrigir uma decisão errada por parte do Governo PSD/CDS”, em 2013, lê-se no documento.
Por isso, assegura o executivo da UFCVC, “continuaremos ao lado da justa pretensão do seu povo em restaurar a Freguesia e, nesse sentido, tudo faremos para que no futuro a reposição da freguesia de Casével seja uma realidade, reclamando junto do poder central a alteração da lei que permita a reposição de freguesias, independentemente do número de habitantes que as constituem, bastando a vontade expressa dos seus órgãos autárquicos”.
“Perdida uma batalha, não representa a perda uma guerra”, conclui o voto de protesto, enviado a todos os grupos parlamentares da Assembleia da Republica, bem com à Câmara e Assembleia Municipal de Castro Verde.