A Câmara de Odemira está a trabalhar em parceria com o Instituto Politécnico de Beja, para a criação de um polo desta instituição de ensino superior naquele concelho do Alentejo Litoral.
Em declarações ao “CA”, o presidente da autarquia, Hélder Guerreiro, diz que o objetivo do executivo é “vir a ter uma oferta de ensino superior mais estruturada no território”, com a abertura de um polo do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) neste município.
“Este é o grande objetivo, que não sabemos se o vamos atingir. Mas, se não tivermos objetivos ambiciosos, dificilmente conseguiremos atingir resultados ambiciosos e bons para o território”, frisa.
Para já, a Câmara de Odemira e o IPBeja estão a promover um inquérito junto dos alunos finalistas das escolas secundárias e profissional do concelho, no sentido de virem a ser disponibilizados, “numa primeira fase”, cursos técnicos superiores profissionais (TeSP) no município.
O inquérito é também aberto aos colaboradores das empresas de Odemira que tenham completado o 12º ano.
A iniciativa pretende “descobrir os interesses reais de quem responde” ao inquérito, para que a oferta possa “ser ajustada ao que são as necessidades do território em termos de qualificações”, explica Hélder Guerreiro.
O autarca diz esperar que os cursos TeSP possam avançar já “no próximo ano letivo” de 2022-2023, considerando que estas formações serão uma mais-valia para as famílias odemirenses.
“Os custos inerentes a colocar um jovem no ensino superior hoje em dia são bastante elevados para as famílias e esta própria oferta no território pode criar condições para que mais jovens frequentem o ensino superior”, salienta.
Além do mais, continua, esta é também uma forma de “responder às necessidades das famílias” e reforçar as “competências no território”.
O autarca socialista admite que o arranque dos cursos TeSP em Odemira pode vir a ser o primeiro passo para, no fim, existir “uma oferta estruturada de ensino superior no concelho”.
Nesse âmbito, a parceria entre a Câmara de Odemira e o IPBeja prevê a possibilidade “de seguimento de estudos para licenciaturas e mestrados, também a lecionar em Odemira”.
A médio prazo pretende-se o desenvolvimento, igualmente em Odemira, de cursos de pós-graduações e de cursos de especialização, permitindo a abertura de um polo do IPBeja no município.
Caso este projeto se concretize, o presidente da Câmara de Odemira revela que existem três áreas preferenciais a trabalhar entre as partes, nomeadamente “a agricultura”, num trabalho que pode igualmente envolver o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo (CEBAL), com sede em Beja.
As questões ligadas “à informática e ao comércio internacional”, assim como “o desporto” são as outras áreas de possíveis formações superiores em Odemira apontadas por Hélder Guerreiro.