O novo Observatório do Baixo Alentejo (OBA), entidade associativa em fase de constituição, defende que se deve assumir o Baixo Alentejo “como motor para a criação do supra-território do Sudoeste Ibérico”.
A proposta foi apresentada pelo OBA ao gabinete do primeiro-ministro, no âmbito da audição pública da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal (PREP) 2020-2030, que o Governo se prepara para apresentar.
Em comunicado, o OBA sublinha que “os maiores desafios do Baixo Alentejo são ganhar dimensão e escala, servir o país e contribuir para a criação do Sudoeste Ibérico, afirmando a oportunidade e a pertinência do seu potencial”.
Nesse sentido, o OBA recorda já existem na região projectos e infra-estruturas que é necessário “consolidar e rentabilizar”, sendo que a dimensão destes projectos “vai para além do próprio território do Baixo Alentejo”, envolvendo “o sul de Portugal, parte do sul de Espanha e o no e de África”.
Segundo o Observatório, a criação do supra-território do Sudoeste Ibérico “ganha forma natural a partir do Baixo Alentejo, como o demonstra a história e o território económico que se inicia no Porto de Sines e passa por Beja, com ligação a Faro e a Sevilha, atravessando os clusters mineiro e da transformação agro-alimentar”.
“A afirmação do Sudoeste Ibérico é não só a afirmação do Baixo Alentejo e do seu território, como também do Alto Alentejo, do Algarve, da Andaluzia e da Extremadura espanhola, acrescentando valor, experiências e riqueza essenciais à afirmação de um supra-território que seja dinâmico entre si, solidário e complementar”, vinca o OBA.
Para concretização deste projecto, o Observatório defende “a potenciação das infra-estruturas de transportes”, nomeadamente “a criação de ligações ferroviárias e rodoviárias entre o Baixo Alentejo, o Algarve e a Andaluzia, bem como a criação de um hinterland ibérico a partir do aeroporto de Beja, em interligação com a futura plataforma logística de Vendas Novas”.
Estando em fase de constituição e registo, o Observatório do Baixo Alentejo pretende ser “um espaço de diálogo e de reflexão permanente a nível regional, nacional e ibérico, propondo inúmeras acções, medidas e projectos que, em articulação com a sociedade civil e as instâncias públicas, designadamente, o Estado, as autarquias e as associações e
colectividades locais/ regionais, visem o desenvolvimento regional integrado, acompanhando e promovendo a sua plena execução”.
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