São as palavras que estão no centro do “Manual Prático de Emoções Fortes”, o novo espectáculo de Napoleão Mira que volta a juntar em palco o escritor natural de Entradas (Castro Verde) a músico algarvio Reflect (nome artístico de Pedro Pinto).
“Proporcionar emoções fortes, é sempre um dos propósitos que consideramos de cada vez que pisamos as tábuas de um palco”, diz Napoleão Mira ao “CA”. “Desta feita, pretendemos que cada um dos nossos espectadores saia do nosso espetáculo com o sentimento de que o tempo que lhe roubámos não tenha sido em vão, que tenha sido bem empregue. Que lhes tenhamos proporcionado momentos onde essas emoções tenham sido afloradas”, acrescenta.
“Manual Prático de Emoções Fortes” sucede a “12 Canções Faladas e Um Poema Desesperado” e, segundo o autor, nasceu da necessidade de os seus autores levarem “mais longe” o seu trabalho. Mas também da necessidade “de corrermos mais riscos. De elevarmos mais a fasquia, para podermos dizer que estamos vivos e que devemos ser levados em consideração. Foi quase como que uma necessidade natural de nos desafiarmos”, observa Napoleão Mira.
Para o autor, esta “é uma performance mais madura, mais profissional e mais espectacular”, que junta várias artes em palco, da música ao cante alentejano, passando pela dança e pela imagem.
“Desta vez, apostamos não só em novos temas e novos arranjos, como em novos convidados que vêm enriquecer a nossa prestação. Apostamos ainda no vídeo art, componente essa que conta em imagens muito do que me sai da garganta e das notas musicais dos que comigo colaboram”, sublinha Napoleão Mira com entusiasmo.
Depois da estreia em Castro Verde, a 28 de Abril, está prevista a apresentação deste “Manual…” em vários auditórios, eventos e festivais de todo o país. E num futuro próximo pode, igualmente, dar origem a um disco.
“Tal como as ‘12 Canções Faladas’, que inicialmente não tinham formato físico, espero que este ‘Manual Prático’ ganhe as asas necessárias para que possa ser transformado nesse objecto. Nem que seja numa edição reduzida, quase como um objecto de colecção”, afiança Napoleão Mira.
