O presidente do Mineiro Aljustrelense considera que o seu clube está a ser “perseguido” pela arbitragem no presente campeonato distrital da 1ª divisão, sobretudo nos jogos fora de casa em redutos sem policiamento assegurado pela GNR.
Em declarações ao “CA”, Emídio Charrua afirma que “todos os domingos” os seus atletas se deparam “com casos caricatos”, como foi o exemplo do último jogo, a 13 de fevereiro, diante do FC Castrense.
Nesse jogo, todos os jogadores “tricolores” tiveram de mudar de meias de jogo entre o aquecimento e o início da partida, porque se via a meia de enchimento branca por baixo, o que não aconteceu com a equipa adversária em circunstâncias idênticas.
“Acho que isto é uma perseguição ao Mineiro e é descarado demais! Não queremos ser beneficiados em nada, apenas ser tratados por igual”, diz o presidente do emblema da “vila das minas”.
Emídio Charrua reforça que a equipa está a ser prejudicada “em todos os jogos”, nomeadamente nas partidas nos recintos de “equipas do topo” em que não há policiamento da GNR, sendo a segurança assegurada pelo clube da casa, através de uma equipa responsável pela ordem do recinto desportivo.
“Sem policiamento, os árbitros têm medo de tomar certas decisões às vezes. Sobretudo os ficais de linha, que se acomodam um bocado e têm medo de tomar certas decisões. Não queremos ser beneficiados, mas queremos que sejam retos”, diz.
O presidente do Mineiro Aljustrelense diz que estas situações “não desculpam” alguns resultados da equipa, mas ainda assim, revela, o clube já falou com a Associação de Futebol e vai fazer uma exposição ao respetivo Conselho de Arbitragem.
“Têm de ser tomadas medidas, porque está a ser demais”, acrescenta Emídio Charrua, admitindo que, no futuro, o Mineiro Aljustrelense possa igualmente realizar os seus jogos em casa sem policiamento da GNR. “Para ver se os árbitros quando vêm a nossa casa nos respeitam”, remata.