“Língua azul” ataca rebanhos no Baixo Alentejo

Vinte anos depois do último grande surto da doença, a “língua azul” está a atacar em força os rebanhos de ovinos de todo o distrito de Beja, causando a morte a centenas de animais e avultados prejuízos aos produtores.

No Campo Branco, já existe uma situação confirmada numa herdade junto a Panóias, no concelho de Ourique, adianta ao “CA” a veterinária Ana Rita Simões.

Segundo a coordenadora do Agrupamento de Defesa Sanitária, existem também suspeitas em explorações em Aljustrel, entre Castro Verde e Albernoa e em Almodôvar, “todas a aguardar confirmação laboratorial”.

A febre catarral ovina, conhecida como doença da “língua azul”, está a “ganhar terreno” em todo o Alentejo, com o distrito de Beja a não ser exceção. Com a expansão do vírus, os rebanhos estão diariamente a sofrer baixas e o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA), gerido pela associação ACOS – Agricultores do Sul, com sede em Beja, “não tem mãos a medir”.

Esta situação já levou a Federação dos Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) a pedir ao Governo para o Estado passar a suportar na íntegra os custos da aquisição da vacina contra o vírus.

Uma posição que é acompanhada pela Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), com sede em Castro Verde.

“É necessário que metam a vacina no plano [do Programa de Sanidade Animal], para ajudar os produtores. A doença está logo aí e é importante o Estado atuar, que é o que os nosso colegas espanhóis já estão a fazer”, argumenta ao “CA” o presidente da AACB, António Aires.

Mais informação na edição de 31 de outubro do “CA”, já nas bancas

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Correio Alentejo

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