Escolas, câmaras e bancos fechados, lixo por recolher e ruas sem limpeza foram os efeitos mais visíveis da greve geral desta quinta-feira, 24, no distrito de Beja, disseram à agência Lusa fontes sindicais.
Segundo os coordenadores distritais das centrais sindicais que convocaram a greve, CGTP e UGT, Casimiro Santos e Joaquim Barriga, respectivamente, as taxas de adesão no distrito de Beja foram "significativas", sobretudo no sector público e nas áreas da educação e da administração local.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), as câmaras municipais de Alvito, Castro Verde, Moura e Serpa estiveram fechadas e as taxas de adesão à greve nas restantes autarquias do distrito foram "superiores a 85%".
A greve nas autarquias deixou sem recolha de lixo e limpeza de ruas vários concelhos, como os de Alvito, Beja, Castro Verde, Mértola, Serpa e Vidigueira.
Na área da educação, segundo o Sindicato dos Professores da Zona Sul, mais de 50 estabelecimentos de ensino estiveram fechados, sobretudo jardins-de-infância e escolas básicas nos concelhos de Aljustrel, Beja, Cuba, Mértola, Moura, Odemira, Serpa e Vidigueira.
Na cidade de Beja, a Escola Secundária D. Manuel I esteve fechada "por falta de condições de segurança" para o normal funcionamento, devido à falta de pessoal não-docente, já que 14 dos 17 assistentes operacionais fizeram greve, disse à Lusa a directora da escola.
A adesão dos enfermeiros à greve no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, onde uma das salas do bloco operatório esteve fechada, foi de 60% e no Hospital de São Paulo, em Serpa, a participação foi de 100% no turno da manhã, segundo o Sindicato dos Enfermeiros.
No sector bancário, várias agências da Caixa Geral de Depósitos no distrito estiveram fechadas, disse à Lusa o coordenador distrital do Sindicato dos Bancários, referindo que as agências da banca privada funcionaram, embora houvesse "alguns" funcionários em greve.
No sector privado, Casimiro Santos, também coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Beja, destacou a adesão de 90% dos trabalhadores da empresa de metalomecânica pesada MPG, um dos maiores empregadores privados do concelho de Beja.
