Greve de dois dias na mina de Neves-Corvo

Os trabalhadores da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, iniciam nesta quarta-feira, 19, uma greve de duas horas, no início de cada turno, para exigir aumentos salariais.

Como adiantou o “CA” em primeira mão a 3 de junho, a paralisação, que se prolonga até quinta-feira, 20, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) e visa exigir “um aumento salarial nunca inferior a 100 euros com retroativos a janeiro de 2023”.

Em causa está o facto da empresa concessionária, detida pela multinacional Lundin Mining, ter concedido este ano “um aumento de apenas 2% ou 36 euros” aos trabalhadores, acrescentou então o coordenador do STIM, Albino Pereira.

A par dos aumentos salariais, os trabalhadores da Somincor pretendem também que sejam revistas a segurança e condições de trabalho, as progressões na carreira, as anuidades, os subsídios de fundo, de transporte, de apoio escolar e à habitação, e os prémios de passagem à reforma.

O caderno reivindicativo do STIM inclui ainda a concessão de “mais um dia de compensação” aos trabalhadores das lavarias, a criação de um balneário para as mulheres “com condições dignas” e que os dias de Carnaval, Páscoa e aniversário sejam considerados feriados.

“No fundo, queremos que a empresa seja justa com aqueles que produzem, aqueles que dão corpo, a vida e o suor para bem desta empresa”, frisou o coordenador do STIM.

Recorde-se que as últimas greves em Neves-Corvo ocorreram em outubro de 2017.

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Correio Alentejo

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