O deputado do PS eleito por Beja recusa as críticas de que foi alvo pelo Bloco de Esquerda, depois dos socialistas se terem abstido na votação do projecto de resolução que defendia a reintegração do Hospital de São Paulo, em Serpa, para o SNS – Serviço Nacional de Saúde.
Em comunicado enviado ao “CA”, Pedro do Carmo lembra que o PS “assumiu como compromisso eleitoral a reintegração no SNS dos hospitais geridos pelas misericórdias na sequência de deliberação do anterior Governo PSD/CDS, anunciada em 2011 e concretizada em 2014/2015”, tendo mesmo anulado os despachos de homologação da celebração dos acordos de cooperação entre a ARS Norte e as misericórdias de Santo Tirso e São João da Madeira.
Quanto aos hospitais de Fafe, Anadia e Serpa, entregues [às misericórdias locais] em Novembro de 2014, o Governo, “apoiado” pelo Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes, decidiu que a sua situação seria avaliada por uma Comissão de Acompanhamento.
Esta situação leva Pedro do Carmo a considerar que a posição dos bloquistas “não passa de um número político inconsequente”, dado saberem que “uma resolução parlamentar, por si só, não altera nada de imediato e que a resolução em causa nada não introduzia nenhuma mudança substancial na vontade política do Governo.
“O Governo PS, apoiado pelo Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes, reverteu os acordos de cooperação que não tinham sido homologados e está a avaliar os que já estavam em vigor, é o que faz gente politicamente séria: avaliar para decidir. Tudo o resto é a espuma dos dias no desespero de tentar marcar a agenda política”, acrescenta o eleito socialista.
