Uma vergonha e uma alegria

Quinta-feira, 4 Dezembro, 2014

Carlos Pinto

director do correio alentejo

Há praticamente três anos que as máquinas desligaram os motores no IP2 e no IP8/ A26. E com elas pararam também as obras nestas duas vias rodoviárias, que de estrada hoje apenas têm o nome. Sobram os buracos e as lombas, as pontes e os viadutos por concluir, as terraplanagens feitas para nada e muitos euros gastos. Em vão!
Esta é uma situação que entristece os baixo-alentejanos e que envergonha o país… e o Governo! Bem pode o executivo de Passos Coelho argumentar que o assunto é competência da Estradas de Portugal ou a empresa “chutar a bola” para a concessionária SPER. Mas neste caso, existe claramente uma responsabilidade política de quem foi eleito para governar e pugnar pelos interesses do país. E isso não tem acontecido, deixando estas duas estradas ao abandono e motivando críticas de todos os quadrantes – inclusive no seio do próprio PSD!
Até hoje, os baixo-alentejanos têm aceitado esta situação com resignação, pese embora algumas manifestações pontuais. Mas chegou a hora de exigir e com firmeza! Porque não se pode andar a dizer que o país está no caminho certo e que o pior já passou, quando no interior são cada vez maiores as dificuldades. É o mesmo que ter uma casa toda pintadinha de branco por fora e paredes por rebocar por dentro…

[B]Parabéns ao cante[/B]
Apesar de todos os problemas, ainda há notícias que nos conseguem fazer sorrir. Foi o que aconteceu na passada semana, com a declaração do cante alentejano como património imaterial cultural da Humanidade. Esta não foi uma vitória de A, B ou C, mas sim de todo um povo e de uma maneira muito própria de ser e estar na vida. Mais que o seu cante, foi a alma alentejana que acabou por ser distinguida pela Unesco. E isso enche-nos de orgulho e alegria. Parabéns a todos nós!

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