São poucos os que nunca viram um filme policial ou acompanharam a par e passo uma qualquer série televisiva sobre as aventuras de uma força de segurança. Quem o fez acostumou-se aos agentes eficazes, com muitas e boas viaturas à disposição ou meios e efectivos para todo o tipo de operações. E também às esquadras ou centros de investigação ultra-modernos, com todo o tipo de equipamentos e tecnologia de ponta para combater o crime.
Infelizmente esta ficção pouco ou nada tem a ter com a nossa realidade… Um exemplo disso mesmo surge na página três desta edição do “CA”. Sem grandes floreados, o presidente da ASPIG, José Alho, aponta o dedo às muitas lacunas que afectam a GNR no distrito de Beja, com todas as consequências que isso acarreta para o seu serviço: faltam efectivos, há viaturas a precisar de “reforma” ou simplesmente inexistentes, são inúmeros os postos sem condições mínimas… O quadro é quase negro e não surpreende quem já tenha, por qualquer motivo, entrado numa das instalações da GNR espalhadas pela região. E estamos apenas a falar da Guarda. Porque entre a PSP as queixas também são muitas e em quase tudo idênticas.
Infelizmente para nós, as forças de segurança em Portugal estão muito longe de ter ao dispor todas os meios de que necessitam para um ainda melhor cumprimento da sua missão. Uma situação que devia indignar todos os cidadãos e levar governantes e outros responsáveis a esforçarem-se mais por criar as condições necessárias para que militares da GNR e agentes da PSP não fiquem a “sonhar” com aquilo que poderiam ter (e fazer) sempre que, de noite, descansam em frente à TV. Porque viver em segurança é um direito de todos. E o Estado tem o dever de pugnar que quem zela pela segurança o faça em condições e com dignidade.

Pároco de Castro Verde lança livro sobre D. José Patrocínio Dias
Um livro sobre o bispo José Patrocínio Dias, que liderou a Diocese de Beja entre 1920 e 1965, da autoria do padre Luís Miguel Fernandes,