A vitória clara do PSD e do seu líder, Pedro Passos Coelho, nas eleições do passado dia 5 de Junho, pôs termo a um ciclo político caracterizado pela arrogância, pelo autoritarismo e pelo despesismo do erário público.
Os portugueses penalizaram, fortemente, os partidos da esquerda, em especial o PS, pela governação danosa e pela destruição do tecido social e empresarial e ainda seu líder, José Sócrates, juntava à sua responsabilidade pela desgraça a que conduziu o país, a capacidade de dizer uma coisa pela manhã, o seu contrário ao meio-dia e uma outra diferente à noite. Espantoso.
Também castigou o Bloco de Esquerda pela colagem descarada ao candidato socialista às últimas eleições presidenciais, Manuel Alegre, seguida de uma moção de censura ao PS que ninguém percebeu a utilidade a não ser o de um claro oportunismo político e também pelo facto de se ter alheado de que o país atravessa uma fase grave da sua história recente, onde não há lugar a sonhos quiméricos de onde o Estado não poderá continuar a dar aquilo que não tem.
O novo mapa político nacional, saído das eleições de 5 de Junho, introduziu alguns elementos de estudo interessantes para os politólogos e outros estudiosos da matéria, sendo de destacar os bons resultados obtidos pelo PSD em muitos dos concelhos do sul do país, onde, tradicionalmente, a esquerda tem liderado a intenção de voto.
Gostaria de fazer uma breve referência aos resultados do PSD no concelho de Almodôvar, onde, pela primeira vez em eleições legislativas foi a força política mais votada, contribuindo assim, de forma decisiva, para a eleição do deputado social-democrata pelo círculo eleitoral de Beja, Carlos Moedas, um baixo-alentejano de grandes qualidades técnicas e humanas, que certamente muito contribuirá para dar voz a todos aqueles que teimam em viver, orgulhosamente na nossa terra e como, muito justamente defende, um Portugal mais equilibrado, com pleno aproveitamento dos seus recursos.
Estou certo que Carlos Moedas dará um importante contributo para que isso aconteça.
Subscrevo, plenamente, a opinião de Carlos Moedas, de que a agricultura e o turismo no Alentejo poderão ser duas alavancas essenciais ao desenvolvimento, não só da região, mas, sobretudo, de Portugal.
Contudo, os tempos que se avizinham são duros.
Assim, o futuro elenco governativo, dirigido por Pedro Passos Coelho, deverá dar início, em tempo recorde, à adopção das medidas necessárias a atingir as metas da redução da despesa pública e do endividamento do Estado, acordadas entre a “troika” e o PS, e ainda terá de imprimir uma nova forma de fazer política em Portugal, de modo a devolver aos portugueses a esperança há muito perdida.
Caberá ao PSD, em especial, lançar mãos a medidas de governação equilibradas, baseadas em princípios de rigor, de responsabilidade e de justiça. Trata-se de uma tarefa enorme que exige uma análise profunda, uma preocupação com os resultados, ou seja, bom senso na avaliação e capacidade de decisão. É necessário ter conhecimentos técnicos, experiência de vida e capacidade política.
Desde logo, uma das acções próximas mais importantes de Passos Coelho será a constituição do novo Governo. As reformas são muitas e deveras importantes, mas o tempo é escasso, pelo que precisamos dos melhores. Só assim Portugal poderá aumentar a riqueza nacional, criar mais emprego e apoiar os mais necessitados.
Este também é um voto de esperança e renovação dos portugueses e deverá ser encarado como uma afirmação da nossa cidadania. Não basta deixar a tarefa de reerguer Portugal nas mãos dos políticos. É um desafio que nos responsabiliza colectivamente e que iremos vencer.
Todos somos os actores principais neste grande desígnio nacional.
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