Os delírios de um possível líder

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Num congresso realizado no domingo, 29 de setembro, na cidade norte-americana de Erie, o antigo presidente dos EUA (e atual candidato às eleições presidenciais de novembro) Donald Trump propôs uma nova “metodologia” para acabar com os roubos no país: deixar a polícia “fazer o seu trabalho”… mas de forma violenta e por um período de tempo determinado.
“Temos de deixar a polícia fazer o seu trabalho e se tiverem de ser extraordinariamente duros”, disse Trump aos presentes no congresso, acrescentando: “Uma hora dura. E digo mesmo dura. A notícia espalhar-se-á e [a onda de roubos] acabará imediatamente”.
Apesar da proposta parece digna do guião de um filme (e até existem alguns com história semelhante), ela foi mesmo assumida pelo homem que já liderou e que se propõe a liderar novamente (com elevadas possibilidades de sucesso) a nação mais poderosa e influente de todo o mundo.
É precisamente este ponto que nos deve fazer olhar para este dislate (mais um) de Trump com bastante preocupação. Numa altura em que o planeta vive uma situação político-militar altamente instável, com guerras “à antiga” na Europa e no Médio Oriente e os extremismos a crescerem em países ditos moderados, poder vir a ter uma figura destas a liderar os EUA é verdadeiramente assustador. Só nos resta esperar que os eleitores norte-americanos tenham a lucidez necessária…

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