O que queremos ouvir na campanha?

Carlos Pinto

director do correio alentejo

Está à porta mais uma campanha eleitoral. Até dia 4 de Outubro, candidatos e apoiantes dos diversos partidos vão andar de lés-a-lés, de Norte a Sul do país, assumindo compromissos, discutindo propostas, fazendo promessas ou apontando incoerências aos adversários. Serão dias intensos, plenos de informação e contra-informação, com alguns bitaites e uma pontinha de demagogia à mistura. É assim em qualquer campanha.
O distrito de Beja não será excepção a esta realidade. Por cá também passarão os candidatos a primeiro-ministro, uns com mais possibilidades de êxito que outros. Mas o que verdadeiramente deve importar aos baixo-alentejanos será aquilo que os candidatos locais forem dizendo, concelho a concelho, ao longo destes longos dias de política. E há muito para falar, muito para discutir… muito por fazer.
É importante que os candidatos apresentam propostas concretas para evitar o despovoamento do território, o envelhecimento da população e o êxodo de jovens. Propostas concretas para a melhoria da rede de estradas, para a electrificação da ferrovia e para a rentabilização do aeroporto de Beja. Propostas concretas para a consolidação de uma agricultura sustentável na região, seja de regadio, sequeiro ou ligada à pecuária. Propostas concretas que possibilitem a instalação no Baixo Alentejo de agro-indústrias e projectos empresariais criadores de emprego. Propostas concretas em defesa da manutenção (e reforço) dos serviços públicos no distrito, da Saúde à Educação, da Justiça à Segurança Social. Propostas concretas para o crescimento de um turismo que salvaguarde os valores naturais. E mais, muito mais…
É isto que os eleitores do Baixo Alentejo ambicionam. Mais que uma campanha feita de slogans, desejam uma campanha de e com ideias. Porque a região muito necessita disso.

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